Seguindo um estilo dramédia, é impossível não comparar 3 Teresas com Modern Family. O primeiro episódio deixou claro essa relação, já que tentou ao máximo esconder a ligação entre as três mulheres do título - assim como o episódio piloto da série americana. O seriado acompanha a vida de três gerações de mulheres de classe média, parentes. A história começa com Teresa (Fraga), que está se separando do marido e começa a pensar em arranjar um novo alguém. Foram 16 anos de casamento, e recomeçar a deixa aflita com tudo o que tem em torno desse fato. Mas, ainda assim disposta a olhar de forma otimista o fator da "experiência" que acumulou, ela literalmente se põe numa vitrine. A situação só toma um rumo diferente, quando seu ainda ex-marido não tem pra onde ir, ficando no apartamento que dividiam, fazendo-a se mudar para a casa da mãe.
A mãe é a dona Teresinha (Cláudia Mello), que vive no simples bairro do Bom Retiro em São Paulo. Viúva, ela acumula dívidas em relação a casa e faz de tudo para não demonstrar seu atual desconforto com a situação, mesmo assim mantém as esperanças com a vida e um novo casamento. A neta que Teresa leva para morar com a avó, é Tetê (Manoela Aliperti), uma adolescente de 16 anos. Com ares de rebeldia, a jovem começou a sua vida sexual e já passou pelo susto de achar que está grávida. Mostrando não ter muita paciência para a relação tumultuada dos pais, ela ainda vai enfrentar os problemas da mãe com a avó. Com 13 episódios, 3 Teresas se mostrou dinâmica, engraçada sob medida e como forte, as atuações certeiras das protagonista, que se apoiam também num roteiro com boas sacadas e envolvente - ficou mais divertido que Copa Hotel que parece ser uma produção um tanto maior.
Surtadas na Yoga, como o próprio título já mostra, é mais uma comédia no estilo escrachado (porém, inteligente) de Fernanda Young, que desde Os Normais não tem conseguido emplacar um projeto tão significativo quanto. Esse seriado segue a linha de raciocínio que o GNT tem escolhido, até por razões orçamentárias por parte das produtoras: uma boa história e uma câmera na mão. Se passa basicamente dentro de uma academia de Yoga e foca na relação de três "companheiras de aula" que aos poucos vão criando um vínculo mais forte, como foi o mote dessa estreia. São elas: Ana Maria (Flavia Garrafa), Jéssica (Young) e Marion (Anna Sophia Folchi).
Aproveitando o plano de fundo calmo e espiritual da Yoga, o contraste com as personagens neuróticas e nervosas é a grande sacada da série. É um humor cotidiano, que ri dessa sociedade que não se desliga e faz coisas pensando na saúde, mais por alguma influência de outros do que por vontade própria. Young não deixa de lado os palavrões e situações constrangedoras para por ainda mais lenha nesse humor satírico e debochado - como é de praxe em suas outras produções. Porém, a graça é maior do que numa série no estilo super herói e tramas mais rebuscadas - como tem se mostrado o fracassado O Dentista Mascarado. As ideias da roteirista, parecem fluir melhor quando existe uma maior liberdade para explorar situações em ambientes comuns, simples, vide o caso de Os Normais.
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