Mesmo com os personagens sem apresentarem grandes assuntos (relacionamentos proibidos ou doenças), o arco sobre o a indenização das vítimas do acidente desencadeou outros fatos, como a falência do Seattle Mercy Grace Hospital, sua venda que durou pouco e o (re)nascimento do Sloan Grey Memorial Hospital que assim conseguiu agitar a trama, dar uma sobrevida nas desgastadas relações entre os protagonistas e agora fez aumentar ainda mais o poder de decisões importantes que acontecem lá. Claro que, o time de roteiristas, trabalharam nessa reestruturação abusando de seu ótimo time de atores e inserindo cada um em um lugar de destaque e intrigas. Meredith Grey (Ellen Pompeo) e Derek Shepherd (Patrick Dempsey) figuraram como o casal feliz, apesar do luto da morte da irmã e do melhor amigo, eles muitas vezes foram o ponto de apoio de outros personagens. Agora sócios, são a peça principal até mesmo entre os mais importantes como a Miranda Bailey (Chandra Wilson) e Richard Webber (James T. Pickens). Ela passou parte da temporada grávida e, claro, depois de muito suspense, deu à luz.
Miranda e Richard por não terem vivido o horror do acidente, passaram a temporada meio que a margem dos acontecimentos, até terem a importância quando o hospital estava para ser vendido. Ela casou e ele se despediu da esposa doente. No final, Miranda e ele tiverem a relação estremecida depois de uma outra "barriga" criada para dar maior destaque nela que teve poucos momentos na temporada. Foram dela os bons episódios sobre a contaminação fatal de seus pacientes por ela. Richard corre risco de morte (o grande gancho para a próxima temporada). O casal Cristina Yang (Sandra Oh) e Owen Hunt (Kevin McKidd) mais uma vez se viu em crise, seja pelo acidente, da qual, ela foi uma das vítimas e ele era o chefe que acabou sendo responsabilizado, seja pelo fato dele querer um filho e, como sabemos, ela já abortou duas vezes na série. Toda trama sobre a Drª Yang é sempre muito emocional, e a metáfora dos últimos episódios sobre o menino, filho do paciente dos dois, e o pai que estava em coma, foi bem tocante. É complicado saber se desta vez, ela (talvez vendo a emoção da amiga Grey tendo um filho) terá o instinto maternal ativado.
O casal lésbico Callie Torres (Sara Ramirez) e Arizona Robbins (Jessica Capshaw) passou por diversas provações. Arizona foi o foco de muito drama, já que perdeu a perna no acidente de avião e toda sua recuperação foi acompanhada de forma muito ambígua pela esposa. Foram episódios com muito drama, desde a difícil aceitação de Arizona pela atitude da esposa de amputar sua perna, até a utilização de uma perna mecânica por ela. O sexo, a dor fantasma, tudo foi tratado com muita sensibilidade até os episódios finais, que Arizona trai a mulher com uma jovem médica (interpretada por Hilarie Burton, a Peyton de One Tree Hill). Foi o arco mais circular da temporada, pois todo o drama se voltou a atitude de Callie sobre salvar a vida da esposa. Agora, elas estão por um fio. Alex Karev (Justin Chambers) teve um affair meio amizade com a residente Jo Wilson (Camilla Luddington) que só deve ganhar forma na próxima temporada.
Outros residentes novatos lembram quando Meredith, Christina e Alex chegaram no hospital, suas lutas por atenção, seus erros, suas brigas. Parece que eles ganharam lugar cativo na décima temporada, e são sim muito carismáticos e com personagens bem definidos. Vale lembrar também de personagens que não tiveram grandes dramas, mas nem por isso não foram destaque como April Kepner (Sarah Drew) e Jackson Avery (Jesse Williams). Ela voltou pro hospital, quando Hunt foi atrás pessoalmente dela. Apesar de cuidar de pacientes de menor escala de risco, sua vida amorosa foi mostrada, a questão religiosa e foi até pedida em casamento, mas no final, se abriu com Jackson. Este, que só foi para os holofotes, quando sua mãe, uma famosa médica, comprou parte do hospital para salvá-lo, mas apenas com a condição dele ser o novo chefe, o que gerou muitos conflitos.
Sem dúvidas foi uma temporada eletrizante, principalmente na sua metade, quando o hospital declarou falência e passou por um grande processo de venda. Depois a união dos protagonistas que fizeram de tudo para salvá-lo de virar um local robotizado. Foram episódios tanto emocionantes com muita correira contra o tempo, até partindo pro tom de deboche, como o ótimo episódio em que a Callie e Richard vão espionar outro hospital que fora vendido para os que queriam o Seattle Mercy Grace. Esse equilíbrio de humor e drama conseguiram pôr o seriado médico mais uma vez no mapa na televisão como ótimo entretenimento, mesmo que ele não emocione mais como naqueles tempos em que as mortes de personagens importantes era tratada de forma mais emocional. A banalização fez mal ao seriado, porém, mesmo que tenha partido novamente para esse artifício, isso não mancha o legado da temporada que foi interessante e marcante. Bom saber que a morte de Sloan e Lexie abriu as portas para muito mais do que um simples fato chocante atrás de audiência.
Eu gostei bastante dessa temporada, embora o final tenha falhada um pouquinho em fazer todos chorarem litros de baldes. Achei esse lance todo da pegasus, uma enorme crítica por parte da Shonda pro sistema de saúde deles (eua). Achei que faltou emoção por parte de todos, mas principalmente do casal top, Mer e Deryck, e podia jurar que ia fazer uma filhadaputagem com ela ao dar luz, ams fiquei aliviada que não fizeram. acho que largaria a série se tivessem feito x.x'
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