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setembro 07, 2008

Hellboy II: O Exército Dourado



Depois de Star Wars nos apresentar mundos com criaturas fantásticas e povos exóticos que parecem ter saído de fábulas infantis, uma adaptação dos quadrinhos ousou trazer novamente para os cinema, um mundo com vários povos diferentes e com políticas em que o ser humano se torna apenas mais um em meio a vastidão do universo. Essa adaptação dos quadrinhos para o cinema é Hellboy 2. Esse mérito condiz não com o primeiro filme, mas sim ao segundo. E graças ao diretor Guillermo del Toro.


Se Labirinto do Fauno foi consagrado com o Oscar nas categorias técnicas, já se espera do próximo trabalho do diretor um tanto quanto deslumbrante e majestoso. E quando Hollywood quer, ela consegue fazer! Mas escolher Hellboy, um personagem que não é um herói, um filme que não consegue atrair o grande público principalmente por essa ausência de heroísmo, não parece um tanto quanto desperdiçar um talento como diretor? Alguém esperava essa seqüência?

Mas quando Hollywood é teimosa... O filme é grandioso, efeitos especiais excepcionais, um pouco de drama aqui, comédia de ótima qualidade ali... A parte técnica perfeita. O filme acerta em tudo e assim funciona. Infelizmente não empolgou o grande público. Depois de Batman, Homem-Aranha e X-Men, o público parece querer esse tipo de heroísmo fácil, gratuito e conhecido. Hellboy é diferente. Ele é um demônio. Ele tem questionamentos se está lutando pelo lado certo ou não.

A história é sobre a organização de criaturas que o governo dos EUA escondem da população e lá eles ajudam esse governo a enfrentar inimigos. Então que o Príncipe Nuada pretende se tornar rei de seu povo, acordar o Exército Dourado e assim acabar com o planeta Terra que os moradores tanto destroem. História rasa, mas eficiente.

Se não fossem as piadas, os efeitos, a fantástica direção de arte, o filme conseguiria ser inferior até mesmo que o primeiro. Esse segundo empolgou muitos, inclusive o diretor que pretende fazer um terceiro. Mas será que acontece? Será que depois de um segundo "fracasso" - mesmo que injusto, Hellboy vai mostrar que não é preciso ter capa, nem ser um adolescente com poderes para provar que o heroísmo está na consciência? Na vontade de ajudar? É aguardar e torcer.

Uma coisa é certa, Guillerme del Toro fez sua belíssima parte. [Nota:9,5]

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