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novembro 08, 2011

Crítica: 'Estamos Juntos'

Filme explora solidão numa metrópole superpopulosa como São Paulo


A cena inaugural de Estamos Juntos (Brasil, 2011), de Toni Venturini, começa com imagens aéreas de São Paulo que contrasta favelas com condomínios de luxo. Quando focaliza janelas, a ideia de que cada uma tem uma vida, reflete o que será visto a seguir, quando corta para a vida atribulada de Carmen (Leandra Leal), uma jovem médica que começa a seguir um caminho bem sucedido na carreira. Sem tempo para se divertir com o amigo gay Murilo (Cauã Reymond), a jovem tem apenas a companhia de um misterioso homem que vive em seu apartamento, da qual, apresentam uma estranha relação.

A vida de Carmem, acaba sendo preenchida ainda com um trabalho voluntário que recebe de uma amiga num prédio ocupado por sem tetos. Mas o destino lhe prega uma surpresa que vira sua vida de cabeça para baixo. Mesmo desgastada, a jovem se esforça para dar conta do trabalho, talvez para substituir seu vazio, sua falta de relacionamentos - mas passa a se sentir cada vez mais sozinha e isolada. A lenta mudança de postura da personagem é logo refletida não só na mistura que é vista nos ângulos da cidade que une ricos e pobres, mas está também  no estilo de música que a banda de Murilo toca, mesclando batidas tecno com música clássica, ou na edição bem feita que traça um paralelo entre uma balada de classe média alta e uma pagode num bar. A comunidade que ela ajuda, é unida e forte parte pra luta. A resposta que Carmem necessita para dar equilíbrio em sua vida está clara, mas apenas eventos mais trágicos lhe mostraram o caminho.


O olhar sentimental do diretor ainda tem apoio de uma fotografia que ora é singela para o tom emocional da personagem, ou confusa quando ela está no limbo. A trilha sonora é estridente e conduz, quando pertinente, o espectador ao medo que a protagonista sente. Os enquadramentos beiram à um estilo artístico bem vindo e poético. Em Estamos Juntos, o final não chega a ser surpeendente e vem carregado de otimismo, algo difícil de se encontrar em nosso cinema quando retrata esse perfil mais autoral de realidade. Mas diferente do que o inicio mostra com as imagens de uma cidade cheia de contrastes, a união dos personagens no final só demorou por um motivo óbvio: os muros estão dentro dos seres humanos e não cercando as casas pela cidade.

Trailer:


outubro 28, 2011

Novo trailer de 'Missão: Impossível 4 - Protocolo Fantasma'

Segunda prévia chega legendada


Missão: Impossível 4 - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol) ganhou um empolgante segundo trailer. Diferente da primeira prévia, esse vem com a história revelada e ainda cenas de ação inéditas. E pelo jeito, a franquia continua sendo uma das melhores sobre espionagem:



A história começa depois que um ataque terrorista destrói o Kremlin, fazendo o governo do EUA iniciar secretamente o "Protocolo Fantasma", que acaba com toda a força-tarefa Missão: Impossível. Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe são considerados culpados pelo ataque, mas na verdade trata-se de uma operação para que eles possam operar fora das restrições de sua agência. No entanto, Hunt é alertado que, caso algum integrante de sua equipe seja capturado durante a missão, eles serão expostos como terroristas tentando incitar uma guerra nuclear global. Ethan então é forçado a trabalhar com um ex-agente da MI, Brandt (Jeremy Renner), que sabe mais sobre seu passado do que ele próprio. Fazem parte do elenco ainda, Simon Pegg, Paula Patton, Ving Rhames, Josh Holloway, Vladimir Mashkov, Léa Seydoux, Michael Nyqvist e Anil Kapoor.

Dirigido por Brad Bird, a estreia está marcada para 16 de dezembro nos EUA e 30 de dezembro no Brasil.

Trailer de 'The Lorax', animação dos criadores de 'Meu Malvado Favorito'

Fábula é baseada na obra de livros do escritor de O Grinch


E foi divulgado o trailer de The Lorax, primeira animação da parceria da Universal Pictures com Illumination Entertainment depois do mega sucesso de Meu Malvado Favorito. O filme será em 3D e é uma adaptação do livro infantil de Dr. Seuss. Veja a prévia:


A trama é narrada por Once-ler, um empreendedor ganancioso que desmata a floresta de Truffulas, árvores fantásticas do universo de Dr. Seuss, para fabricar roupas. Apesar dos avisos contantes do Lorax, criatura porta-voz das árvores, sobre os perigos de seu empreendimento, ele continua até desmatar toda a floresta, levando a consequências catastróficas. O dubladores são: Danny DeVito, Ed Helms, Rob Riggle, Zac Efron, Taylor Swift e Betty White.

Dirigido em conjunto por Chris Renaud, Cinco Paul e Ken Daurio, o longa estreia em 2 de março de 2012, data do aniversário de Theodor Geisel Seuss, que morreu em 1991. Ele é dono de outras três obras que já ganharam sua adaptação nos cinemas: O Grinch, O Gato e Horton e o Mundo dos Quem. Por aqui, o filme estreia apenas dia 30 do mesmo mês.

outubro 23, 2011

As séries que chegaram no Brasil: 'Ringer', 'Person of Interest' e 'Enlightened'

Dramédia da HBO se sobressai

Na última semana, chegou aos canais brasileiros uma pequena amostra do que surgiu de novo na TV americana. Ringer - que faz o retorno da eterna Buffy, Sarah Michelle Gellar - original do canal CW, estreou pelo Studio Universal (segundas às 22h30); Person of Interest grande aposta da CBS e produzida por JJ Abrams veio aqui pela Warner Channel (terças às 21h); e Enlightened estrelada por Laura Dern (segundas às 21h, na HBO). A primeira estreou com uma audiência satisfatória, mas não tem conseguido se manter. Entre a crítica ela não passa de um novelão superficial, mas que tem no episódio piloto um ritmo admirável. Person of Interest foi a grande aposta da CBS para entrar no lugar de CIS que já demonstra desgaste. Estrelada por Jim Caviezel (A Paixão de Cristo) e Michael Emerson (Lost), o seriado estreou abaixo das expectativas, mas a originialidade do projeto pode fazê-lo continuar. Já a última, da HBO, foi mais uma tentativa do canal de se aproximar da concorrência que anda pegando pesado. Esse drama misturado com comédia lembra bastante a fantástica The Big C, mas infelizmente não é tão tocante quanto.

Ringer

A CW estava se tornando um canal desinteressante e repetitivo desde que passou a renovar séries já mortas como One Tree Hill, Supernatural e Smallville e apostar em projetos de gosto duvidoso como Hellcats. Porém, com o sucesso de The Vampire Diaries, eles se animaram e investiram melhor na grade. Entre as boas estreias do canal, estava a aguardada série Ringer. Primeiro, a série produzida pelos criadores de Supernatural, foi oferecida para a CBS, mas o canal não identificou o perfil da série como compatível para o público alvo da emissora, então o projeto foi oferecido para a CW, que tem os mesmos donos. O maior atrativo da série é o retorno de Sarah Michelle Gellar ao mundo das séries, depois de uma temporada fraca nos cinemas - seus maiores sucessos foram em Scooby Doo e O Grito.

Em Ringer, Sarah interpreta as gêmeas Bridget Cafferty e Siobhan Marx. A primeira é uma stripper de um clube que pertence à máfia local. Ao presenciar um assassinato, ela se torna testemunha chave no processo que é instaurado contra um dos chefões. Na manhã do julgamento, Bridget foge, o que leva Victor Machado (Nestor Carbonell), agente do FBI responsável pelo caso, a tentar localizá-la. Enquanto isso, temporariamente livre, o chefe da máfia coloca a cabeça de Bridget a prêmio. Ela decide se esconder na casa de sua irmã, Siobhan, que vive na comunidade de Hamptons. Casada com Andrew (Ioan Gruffudd), um bem sucedido homem de negócios que está sempre viajando, Siobhan não tem uma vida feliz. Afastada de Bridget há anos, ela sequer contou a alguém que tinha uma irmã gêmea. A reunião familiar ocorre em um barco e conclui com o desaparecimento de Siobhan, que aparentemente caiu na água durante a noite. Bridget, então, é confundida com sua irmã, o que a leva a assumir sua identidade. Mas ela logo descobre que Siobhan não tinha uma vida perfeita. Além de ter como amante o marido de sua melhor amiga, ela também tem sua cabeça a prêmio. O amante de Siobhan é Henry (Kristoffer Polaha), um escritor frustrado, casado com Gemma (Tara Summers), com quem tem filhos gêmeos.

A história lembra bastante a temática de alguns enredos de novelas e fica bem próximo de ser uma versão de bom orçamento de A Usurpadora, novela de sucesso oriunda do México. O primeiro episódio apresentou uma sensação de superficialidade em diversas cenas, porém, a narrativa conseguiu ser interessante e bem elaborada do início ao fim. Gellar até engana como as gêmeas, entretanto, sua atuação ainda vai depender se o roteiro lhe dará momentos maiores sozinha para ela poder emergir na personagem.

Person of Interest

A nova série policial da CBS, canal dono das franquias de CIS e NCIS, tem produção executiva, do novo queridinho da TV, J.J. Abrams. A trama é centrada em Reese, um ex-agente da CIA (Jim Caviezel), que foi dado como morto em ação. Recrutado por Finch (Michael Emerson), um bilionário recluso e esquisito, ele passa a lutar contra o crime na cidade de Nova Iorque. Finch desenvolveu um programa de computador capaz de identificar pessoas que estão prestes a cometer um crime violento. Assim, os dois agem à margem da lei para tentar evitar que um crime aconteça. Fazem parte do elenco, Taraji P. Henson e Kevin Chapman. Essa mistura de Minority Report com qualquer filme de conspiração dá um tom único ao seriado, apesar dele ter se mostrado menor e mais simples do que prometia ser. Talvez o medo da imaginação fértil do produtor fez a emissora diluir a história em algo menos complexo.

As atuações sem grande novidade da dupla de protagonistas fizeram a proposta ainda menos surpreendente. O personagem de Caviezel mergulhou no clichê de homem magoado e vingativo que bate em todo mundo, mesmo quando entra em um quarto com várias pessoas armadas. Michael Emerson que ficou marcado como o Ben de Lost, aqui repete seu perfil misterioso, sério e calculista chegando a ser chato diversas vezes. Resta esperar se a trama ficará tão interessante quanto os outros projetos de JJ Abrams, como Lost e Fringe.

Enlightened

Essa foi a melhor surpresa entre as novidades. Mesclando drama e comédia como os sucessos Nurse Jackie e The Big C, Enlightened traz Laura Dern como Amy Jellicoe, uma executiva de uma grande corporação que tem um temperamento autodestrutivo. Após sofrer um ataque de nervos, interna-se em uma clínica para se recuperar. Lá, ela entra em contato com sua espiritualidade e começa a ver a vida de outra maneira. Ao querer preservar sua nova maneira de ver a vida, ela volta para sua rotina de trabalho determinada a levar para os colegas, amigos e familiares as experiências e descobertas que fez. O problema é que nem todo mundo está preparado para passar pela transformação que Amy passou. No elenco estão Luke Wilson, Sarah Burns, Amy Hill e Charles Esten.

Essa série estreou sem grande alarde e parece já sofrer com problemas de audiência. Porém, apesar de parecer uma versão mais livre de The Big C, o seriado tem dentro de si diversas críticas à indústria de anti depressivos, grandes corporações, ao capitalismo e principalmente ao comportamento das pessoas e sua relação com colegas de trabalho e família. O primeiro episódio traz uma grande atuação de Laura Dern, mas foi menos engraçado do que devia e os personagens coadjuvantes quase não tiveram vez. Entretanto, vale a pena compreender as reflexões da personagem que busca seu novo estilo de vida e como ela vai levar isso para aqueles executivos estressados, o ex-marido viciado e a mãe ausente. Não foi perfeito, mas em comparação às outras duas séries, mais uma vez a tv a cabo sai na frente.

Fonte: Nova Temporada

outubro 21, 2011

Divulgado trailer do primeiro filme de Angelina Jolie como diretora!

A produção se chama In the Land of Blood and Honey e é um drama de guerra


E chegou a hora de mais um ator trocar ou começar a se dedicar à uma carreira também atrás das câmeras. Nos últimos anos, nomes como Clint Eastwood e Ben Affleck se saíram bem com a crítica e com o público assumindo a direção de projetos, sendo que o veterano ator chegou ter suas produções diversas vezes na corrida do Oscar. Outro que anunciou fazer o mesmo foi Matt Damon, mas agora quem está perto de lançar seu primeiro filme é Angelina Jolie.

O filme se chama In the Land of Blood and Honey, e também é escrito por Jolie. A prévia equilibra o drama com romance em meio a iminente ação, mesclando na trilha um piano ao fundo com imponentes tiros. Se define na frase: "o amor pode mudar o que queremos, a guerra pode mudar quem somos".

Confira o trailer:


A trama se passa durante a Guerra da Bósnia, conflito armado que aconteceu nos Balcãs entre 1992 e 1995 envolvendo a Bósnia, a Sérvia e a Croácia. Foca em um sérvio (Goran Kostic) que se apaixona por uma muçulmana (Zana Majonovic) em pleno conflito. O veterano Rade Serbedzija, nascido na Croácia e de etnia sérvia, faz o pai do protagonista.

Pensando no Oscar, In the Land of Blood and Honey estreia nos EUA em 23 de dezembro, período fértil de lançamentos que buscam competir.

outubro 20, 2011

Série 'Misfits' ganha novo trailer e versão americana é confirmada!

Criador de Chuck e produtor de Gossip Girl está com os direitos da série inglesa


Com a aproximação da estreia da terceira temporada de Misfits, seriado pouco popular fora da Inglaterra e exibida pelo canal E4, o mesmo que exibe Skins, começa a pipocar mais novidades e inclusive notícias sobre a versão norte-americana. Foi divulgado esta semana que os direitos da série estão nas mãos de Josh Schwartz, conhecido por ser o criador da já cancelada The OC e Chuck (que está em sua última temporada). Schwartz que também é produtor de Gossip Girl, contará com o apoio do criador da série original Howard Overman para judá-lo na adaptação. Resta esperar que o erro não seja repetido depois do fiasco da versão americana de Skins, já que Misfits também gera controvérsia por sua linguagem apelativa e o foco no comportamento sexual dos jovens.

Misfits segue a vida de um grupo de adolescentes rebeldes que são obrigados a prestar serviços comunitários. Certo dia, uma tempestade os atinge dando-lhes poderes especiais, mas logo descobrem que não foram eles os atingidos deixando a cidade repleta de sujeitos com más intenções e grande poder de destruição. Misturando drama, ação e situações cômicas, a nova temporada (terceira) marca a despedida de um dos protagonistas, o hilário Nathan (Robert Sheehan). A série venceu, este ano, o prêmio Bafta de melhor atriz coadjuvante em série dramática - Lauren Socha que faz a hilária Kelly, além de melhor série dramática em 2010 (o prêmio tem uma importância do Oscar e do Emmy nos EUA).

Confira a nova prévia:




Leia mais sobre a série no fan site oficial brasileiro: misfitsbrasil.com

Misfits é exibida no Brasil pelo Multishow com o título de Desajustados.

outubro 19, 2011

'The Walking Dead' retorna com mais tensão e... enrolação

Seriado gasta uma hora e meia para não sair do lugar...


Poderia começar esse comentário sobre o início da segunda temporada da série The Walking Dead usando o significado de um binóculo. Mas para não perder tempo, pois é de se imaginar que qualquer um, inclusive quem escreve a série, saiba - levando em conta que sua função nada mais é que aumentar o campo de visão fazendo seu usuário enxergar metros, até quilômetros mais longe de seu ponto de origem -, é melhor se concentrar naquilo que realmente importa: o fraco roteiro da série.

Sucesso de audiência e com críticas mistas (mas em geral espantosamente positivas), este primeiro episódio conseguiu em 90 minutos deixar qualquer um tenso, porém as atrapalhadas no roteiro é que são ainda mais assustadoras. Comentei no post sobre Terra Nova como essa nova onda de séries com temáticas fantasiosas e de terror, tomaram conta da TV depois do grande sucesso de Lost. Entretanto junto dessa onda, os fracassos foram muitos junto com séries fracas, mas populares. Com True Blood fazendo sucesso na tv fechada (HBO), sua concorrente AMC decidiu se voltar para o lado popular (ela é dona de séries com apelo mais adulto como Mad Men e Breaking Bad) e foi pra briga. Além de se aproveitar do gênero que ganhou espaço na tv aberta americana, e também conquistou os jovens - séries como Supernatural e The Vampire Diaries - a aposta em torno de The Walking Dead era grande. Mas junto com essa popularização vem a necessidade de deixar tudo muito bem explicadinho e descomplicado para atrair a audiência.

Se um filme de zumbis não consegue ser muito grande, pois é praticamente um apocalipse humano, imagine um seriado. É então que além de ter a responsabilidade de não ser complicado, The Walking Dead ainda precisa render vários episódios. Com essas responsabilidades e ainda a necessidade de ser ágil, pois é uma série jovem, o seriado conseguiu melhorar a tensão que falhou diversas vezes na primeira temporada - principalmente incluindo o silêncio para as cenas de desorientação - e caprichou nos efeitos especiais e maquiagem dos zumbis. Por outro lado esqueceram a função de um binóculo, que teria anulado a cena de suspense da rodovia (ninguém culpou o homem por não ter percebido a chegada dos mortos-vivos, ou tentaram melhorar isso) e ainda fizeram uma menina desaparecer na floresta, enquanto sua vida era salva e foi muito bem explicado pra ela não sair do esconderijo (a não ser que ela foi sequestrada, como o final deixa aberto).

Foram esse dois fatos cruciais que movimentaram este episódio, mas se não existissem nada teria ocorrido. O problema não é o fato de tão tolos eles sejam, mas como foram mal contados. Se coisas desse tipo são tão necessárias para deixar o xerife em uma crise de fé, ou causar atrito entre os sobreviventes, aquela promessa de aprofundamento entre os sobreviventes acaba tão rasa quanto o que foi visto em Falling Skies, que julguei inferior à The Walking Dead. Resta aguardar o desenrolar da série e saber se foi apenas um primeiro episódio fraco, bobo, porém bem realizado visualmente, ou se a série é uma perda de tempo pra quem procura um roteiro mais consistente e bem construído. Com a anunciação de uma adaptação de Zumbilândia para a TV, é bom The Walking Dead encontrar o seu caminho - se possível, com a ajuda de um bom binóculo.


The Walking Dead vai ao ar todas às terças na FOX e FOX HD, às 22 horas.

The Ting Tings tenta mais uma vez com o clipe de 'Hang It Up'

Será que agora vai?

Difícil saber o que se passa nos bastidores da produção do segundo álbum do duo The Ting Tings. A banda que emplacou hits como Shut up and Let me Go e That's not My Name, conseguiu um espaço nas pistas, refrescou o cenário musical que vive combalido, porém algo desandou com o passo seguinte. Depois de lançarem Hands no final do ano passado, o projeto foi cancelado, mesmo com o single surgindo nas charts e, assim, a banda caiu no limbo. Agora, ressurgem ainda sem data de lançamento do novo álbum e apenas um novo single jogado ao vento. A promessa é de um novo clipe até o final do mês, é aguardar.

Em Hang It Up, a dupla volta colorida, com batidas misturada num rap simpático, mas que não parece forte o suficiente para ganhar as rádios - nesse caso Hands tinha carreira mais promissora. Confira:


outubro 14, 2011

Michael Fassbender faz um viciado em sexo no elogiado drama 'Shame', confira o trailer!

Filme recebeu boas críticas que o colocam na mira do Oscar


Quem acompanha o blog, já percebeu que finalmente está esquentando a promoção dos filmes que buscam uma indicação ao Oscar 2012. Geralmente são produções que tem alguém do elenco já premiado ou indicado alguma vez, são trabalhos de algum diretor cultuado, ou já foram enviadas para críticos buscando o elogio necessário para citar no trailer (ou estrearam somente em festivais).

Ontem foram os trailers de Albert Nobbs e Young Adult, ambos fortes candidatos para uma vaga na categoria de melhor atriz, e o que está saindo hoje, Shame, pode ser que o elenco também se sobressaia, além de contar com a direção de Steve McQueen que foi premiado no Festival de Cannes pelo longa Hunger em 2008. Confira o trailer:


A produção tem como protagonista Michael Fassbender no papel de Brandon, nova-iorquino de 30 anos que não consegue controlar sua vida sexual. Sua irmã, Sissy, vivida por Carey Mulligan, tenta ajudá-lo com o que se torna um vicio para ele. O longa é descrito como um drama que explora a natureza das necessidades e como as pessoas reagem às experiências que as moldam. Faz parte do elenco ainda, James Badge Dale.

O lançamento ocorre em circuito de arte em dezembro nos EUA, sem previsão no Brasil.

outubro 13, 2011

Glenn Close vive como homem no trailer de 'Albert Nobbs' - veja!

Atriz é cotada para sua sexta indicação ao Oscar


Ainda sem data de lançamento, Albert Nobbs, filme que poderá indicar Glenn Close à uma sexta nomeação ao Oscar - e a sua grande chance de finalmente levar a estatueta para casa -, ganhou seu primeiro e emocionante trailer. Pela prévia é difícil não imaginar seu nome entre as indicadas, já que ela faz o papel de um homem atormentado. O olhar triste e angustiado da protagonista é arrebatador. Veja:



Baseado no conto "The Singular Life of Albert Nobbs", da autoria de George Moore, o longa segue a história de uma mulher inglesa que vive em Dublin, no ano de 1880, e se vê forçada a disfarçar-se de homem para conseguir sobreviver numa sociedade machista. A atriz já viveu o mesmo personagem no teatro. Fazem parte do elenco: Mia Wasikowska, Jonathan Rhys Meyers, Brendan Gleeson, Aaron Johnson e Janet McTeer.

Albert Nobbs é dirigido pelo colombiano Rodrigo García.

Veja Charlize Theron em trailer de comédia dos mesmos criadores de 'Juno'

Atriz vive uma "aborrecente" adulta


Depois do grande sucesso do independente Juno, que abocanhou uma indicação ao Oscar de Melhor Filme no Oscar 2008, o mais novo trabalho vindo da parceria da roteirista Diablo Cody com o diretor Jason Reitman se chama Young Adult e se trata de mais uma comédia dramática. No papel principal está Charlize Theron que ganhou o prêmio por Monster - Desejo Assassino em 2004.

Veja o trailer do novo filme:




A trama é sobre Mavis Gary (Theron), uma escritora de livros juvenis que retorna para sua cidade natal após ter uma crise de identidade. Lá, encontra conhecidos de sua infância, passa a tentar recuperar seu antigo amor (Patrick Wilson), mas acaba mesmo criando um laço incomum com um antigo colega (Patton Oswalt).

O longa estreia em 16 de dezembro nos EUA - período fértil para se tentar uma indicação ao Oscar - e, mais uma vez, as distribuidoras brasileiras confiantes em alguma indicação agendaram o lançamento para 3 de fevereiro.

'Terra Nova' supera as expectativas

Seriado segue a linha "entretenimento sem ofender a inteligência do telespectador"


Três grandes séries estrearam no último ano no intuito de variar a temática na tv norte americana. Foram elas: a série sobre zumbis The Walking Dead, a de invasão alienígena Falling Skies e a sobre viagem no tempo dos dinossauros Terra Nova. Depois de sucessos arrebatadores de Lost e True Blood, as temáticas sci fi e terror tiveram um novo fôlego anos após séries de sucesso como Buffy: A Caça Vampiros e Arquivo X, e agora tudo se repete. Como desdobramentos de grandes sucessos que chegam badaladas, mas perdem o foco, alguns fracassos notáveis como V, The Event e Flashforward são um dos principais motivos de receio das grandes emissoras. Casos específicos como Fringe não se repetiram em Teminator e Dollhouse. Ou seja, a lista de fracassos é maior. Outras séries tentam misturar as coisas (mesmo que de outras variações dos gêneros) e até se seguram por um tempo, o caso de Medium que tinha uma veia policial forte e até mesmo Ghost Whisperer que era mais drama que sobrenatural. Nessa temporada ainda estão por vir programas do gênero fantasia-contos de fada que são uma incógnita: Once Upon a Time e Grimm.

A Fox do Brasil estreou um desses grandes lançamentos da temporada, o seriado Terra Nova. Assim como a fraca Falling Skies, o seriado tem o nome de Steven Spielberg na produção. Mas diferente das duas citadas no início do texto, Terra Nova trouxe uma abordagem sci fi muito menos banalizada na cultura pop em geral, apesar de se apoiar fortemente em filmes como Avatar (a presença de Stephen Lang marca muito isso), Parque dos Dinossauros e no seriado Lost. A aprovação do roteiro da série veio mesmo antes da filmagem do episódio piloto - algo tradicional e importante para saber se na TV vai dá certo. O projeto é uma parceria de Spielberg com Peter Chernin e Brannon Braga, da franquia de Jornada nas Estrelas e de Flashforward. Ou seja, foi mais ou menos um tiro no escuro.

A trama se passa no ano de 2149 D.C. e a Terra está a caminho da destruição. Buscando uma forma de salvar a humanidade, um grupo de cientistas consegue abrir uma fissura no tempo e no espaço contínuo, criando um portal para o passado do planeta. Voltando no tempo, a humanidade poderá ser salva e até corrigir os erros que foram cometidos. Entre os primeiros colonos a fazerem a viagem no tempo está a família Shannon (Jason O’Mara, Shelley Conn, Landon Liboiron, Allison Miller, Naomi Scott e Alana Mansour) e o Comandante Frank Taylor (Stephen Lang). O grupo atravessa o portal chegando na era  pré-histórica onde passará a viver em um ambiente quase hostil cercado por dinossauros. Mas, muita coisa nesse tempo ainda não era conhecida e, desses mistérios, fez parte da população criar um grupo rebelde.

No primeiro episódio com duas horas de duração, o que foi visto é um incrível festival de efeitos especiais bem aplicados, um bom tratamento na estética - seja no vestuário quanto no cenário - e o que era mais preocupante: as atuações são menos superficiais que em Falling Skies e no nível de The Walking Dead - que são apenas regulares. Terra Nova conseguiu no episódio piloto encher os olhos e dar um refresco na mesmice e repetição que se é visto no mundo do entretenimento. Ainda deixa nas entrelinhas uma crítica à função do homem no planeta - o protagonista reponde a esposa que diz que a nova casa precisa de tapetes dizendo com ironia, "já estão fazendo tapetes com peles de dinossauro?" e por outro lado ainda aprofunda uma analise antropológica ao mostrar como os diferentes grupos sobrevivem quando numa sociedade renovável. Tem espaço para os militares e os dilemas com a violência que já aflora em poucos anos de convivência; a rebeldia juvenil que é atiçada pelo controle de um sistema - mesmo que flexível - e a importância da família - algo já esperado por buscar a habitual audiência moralista.

É cedo para dizer se tudo o que foi visto ali será melhor aprofundado, faltou ainda alguma reflexão sobre o mundo deixado para trás e até os personagens, mesmo que já reveladas suas características, estão ali para vivenciar uma experiência desafiadora e assim intrigar o espectador cumprindo seu dever de bom drama, ou, se no fundo, tanta beleza na parte técnica vai servir apenas para explorar mistérios à la Lost mesclado com o descanso estético visto em outros programas importantes apenas para cenas de ação - dinossauros no lugar de zumbis e aliens -, mas no fim pouco explora seus personagens, os fazendo apenas peças sem alma de um tabuleiro interessante visualmente. Mas só de aparentar ser um roteiro original para a TV, é uma vitória em tanto. E que venham outras ousadias como essa, sem medo do fracasso e com uma produção tão caprichada, sem, claro, achar que o público engole qualquer porcaria só por ser bonitinha.

Trailer:



Terra Nova vai ao ar todas às segundas na FOX e FOX HD - com opção de legendas e áudio original.

outubro 11, 2011

Assista o explosivo trailer de 'Os Vingadores' (legendado)

Filme reúnes os principais heróis da Marvel


Pra quem é muito fã dos filmes e HQs de super heróis sabe que a Marvel Studios tem preparado sempre durante os longas de seus heróis, Homem de Ferro, Thor, Capitão América e O Incrível Hulk, um aperitivo de algo muito maior que envolve toda a mitologia e os une em uma nova franquia. O resultado parcial pode ser visto no primeiro trailer do filme Os Vingadores (The Avengers) que saiu hoje. Infelizmente, o filme nem sequer está pronto e, ao ver o trailer, dá uma sensação de enrolação do que realmente promete ser a aventura, basta perceber a cena de explosão de carros na rua que se repete várias vezes, ou as piadas que Tony Stark, mesmo que fundamentais, no fim não revelam praticamente nada.

Confira:



Na trama, Loki (Tom Hiddleston), meio-irmão de Thor, regressa e ameaça a segurança global, fazendo com que Nick Fury (Samuel L. Jackson) - diretor da agência internacional de paz S.H.I.E.L.D. - crie uma equipe de heróis para salvar o mundo. Nela estão Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo), Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner).

Dirigido por Joss Whedon, o longa estreia em 4 de maio.

outubro 10, 2011

'Carnage', comédia de Roman Polanski, ganha novo trailer!

Filme rechado de grandes nomes é uma promissora comédia



Depois do primeiro trailer que já era promissor, Carnage, o novo filme de Roman Polanski, ganhou uma prévia voltada para o mercado norte-americano. Veja o trailer, com o elenco composto de atores premiados:



Carnage é uma adaptação da aclamada peça de teatro do francês Yasmina Reza e conta a história de dois casais que se conhecem após uma briga entre os seus filhos na escola. O que começa como uma conversa civilizada entre adultos, acaba se tornando uma verdadeira guerra. São eles interpretados por Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly

O filme ainda não tem data de lançamento no Brasil, mas tem estreia marcada nos EUA para 16 de dezembro.

'Boardwalk Empire' retorna com novo fôlego

Seriado campeão de estatuetas no Emmy prova porque só perde para Mad Men como melhor drama


A HBO Brasil deu início com duas semanas de diferença a exibição nos EUA, a segunda temporada do premiado drama Boardwalk Empire. Vencedor de oito prêmios Emmy deste ano (foram 18 indicações), incluindo melhor direção para Martin Scorsese pelo episódio piloto, o seriado só não abocanhou o prêmio mais importante da noite: melhor série de drama. Se era a única série que poderia bater a campeã de quatro anos seguidos, Mad Men, todas as fragilidades do seriado - que no aspecto técnico é imbatível -, foram decisivos para a derrota. E o primeiro episódio desta nova temporada confirmou isso.

A primeira temporada não se importou com o ritmo lento, mesmo que um pouco mais agitado que Mad Men, e sempre guardou boas e surpreendentes cenas de ação. Se na TV uma série de máfia e de época nunca foi explorada com tanta violência e ao mesmo tempo a sutileza de tratar o contexto, Boardwalk Empire consegue explorar os dois extremos com maestria. Entretando falhou na condução da trama principal, contribuindo para Steve Buscemi sair sem o prêmio de atuação em drama e sua coadjuvante Kelly Macdonald também sair de mãos vazias. Faltou impacto no roteiro dessas tramas principais. Mas não que o Emmy também não tenha sido justo ao exluir da lista de indicados os coadjuvantes que roubaram a cena, e não falo do Michael Pitt que também ficou na sombra, mas principalmente de Michael Shannon que faz o complexo agente federal Nelson Van Alden.

E foi o Nelson que mais uma vez chamou atenção nessa nova fase da série. Levando sua esposa para visitar Atlantic City, os dois religiosos, se depararam com a cidade do pecado  mais corrupta e sexual que nunca. Claro que Nelson já sabe disso tudo e só precisa de encontrar uma forma de vencer Nucky e seu império. Falando nele, o cerco se fecha cada vez mais para o poderoso chefão. Seus aliados querem tirá-lo do poder, mas o que realmente o preocupa é que Jimmy esteja escondendo algo dele. Se a cena final revela alguma coisa pro futuro, é díficil saber o que vai acontecer, afinal ele guardou suas lembranças e tudo o que Nucky representou para ele em seu crescimento dentro do armário. Ele não jogou fora, nem colocou exposto na sala de estar.

Enquanto isso, Nucky precisa controlar sua cidade que vive uma guerra racial entre fundamentalistas e a população negra, que inclusive um deles é um importante aliado. O discurso diferente para cada lado da moeda é bem assustador. E dessa guerra é que o grupo que deseja ver Nucky fora de cena vai usar contra ele. Destaque também para a nova família dele já que o filho parece tender ao lado criminoso, gostando, literalmente, de "brincar com fogo". E o que Nucky faz? Não bate e nem tenta corrigir o garoto, mas sim lhe dá dinheiro para comprar doces, depois do jovem dizer que não vai mais aprontar. Esse caráter do protagonista em contato com a família vai ser interessante de acompanhar.

Foi um começo estável, seguindo o que foi visto na primeira temporada, mas ainda assim o acirramento dessa disputa de poder vai render boas surpresas. A prisão inesperada no final é o fôlego que essa nova fase precisava e que vai fazer as coisas se agitarem. Afinal, como será que Nucky vai conseguir sair vitorioso com tantos contra ele? Se conseguirem responder tão bem como criaram a pergunta, os fãs de Mad Men podem começar a se preocuparem.

Boardwalk Empire vai ao ar todos os domingos na HBO Brasil e HBO HD.

Mais um incrível trailer da segunda temporada de 'The Walking Dead'!

Trailer musical é de arrepiar!


Mesmo que muito aguardada, o canal AMC quer ter certeza que a série The Walking Dead vai bombar na audiência, para isso preparou mais um trailer para o lançamento dessa segunda temporada, só que dessa vez voltado para o o público britânico que acompanha a série no FX. O vídeo é carregado de suspense ao som do sombrio Jhonny Cash. Vale a pena. Essa temporada tem 13 episódios encomendados e retorna dia 16 de outubro e com um episódio de abertura com 90 minutos de duração. O primeiro trailer completo, você encontra aqui.

Confira o novo trailer:



Outra novidade são os web episódios no site da emissora AMC narrando a história de Hannah (Lilli Birdsell), a menina zumbi que apareceu no episódio piloto pedalando uma bicicleta.

outubro 07, 2011

O pecado vence a fé na série 'The Borgias'

Seriado é mais um com personagens sem caráter que sempre dão bem 


A TV americana está cheia de anti heróis. Seja o assassino mais querido do público, Dexter (da qual, tem gente que o considera um justiceiro e não um doente), Nucky Thompson de Boardwalk Empire que lidera uma máfia escondida atrás da política em Atlantic City nos anos 20, Jackie, a enfermeira chefe - e casada - da série Nurse Jackie que é viciada em drogas ao ponto de se prostituir com o farmacêutico para conseguir remédios, Don Draper de Mad Men, que apesar de apenas seguir o fluxo de uma época, colecionava amantes e até abusava de algumas secretárias, Walter White, que deixou de ser um homem na meia idade com câncer para se tornar traficante, e, por que não, Meredith Grey, a protagonista de Grey's Anatomy que tem um caráter complexo e a todo momento age de forma mais emocional do que racional, quebrando regras e ultrapassando limites éticos que colocam até seu emprego em risco. Mas nenhum desses, consegue se sair tão bem no papel quanto o clã Borgia, da série The Borgias.

O primeiro fato mais assustador ao assistir a série de TV do ShowTime (exibida aqui no Brasil pelo TCM - que finalizou a primeira temporada no último domingo), a mesma emissora de Dexter e Nurse Jackie, é que tudo aquilo de alguma forma é baseada em fatos reais. É estrelada por Jeremy Irons, que vive Rodrigo Borgia na Itália do século XV, homem de família nobre que é eleito o papa naquela época, por métodos obscuros. Diferente da outra séries que se passam em lugares onde a corrupção floresce de maneira natural por vezes, aqui tudo de passa entre as paredes douradas e abençoadas do Vaticano. No poder, antigamente a Igreja Católica tinha a importância de um reino, ele nomeia seus dois filhos Cesare (François Arnaud) e Juan (David Oakes) com títulos importantes, o primeiro como Cardeal e o segundo como líder das forças armadas. Desse modo, a família Borgia estava com a Itália na mão.

Os primeiros episódios (a primeira temporada tem nove), são extremamente o oposto do que você espera ver de uma série com a Igreja ao fundo, mesmo sabendo o que ia rolar ali. Muitas cenas de violência, traição, sexo e corrupção que preenchem a tela de forma quase gratuita sem grande explicação. Não existe muitos debates e críticas. Nem muito remorso. Aos poucos o destaque recai para a filha Lucrécia (Holly Grainger), que passa por momentos turbulentos em um casamento arranjado, mas mesmo assim não impede que a jovem arranje um amante e use seus talentos genéticos para manipular e mentir. Ela é como uma peça em um tabuleiro. Quem sofre é o amante que termina açoitado e fim de caso. O jogo de poder do seriado se estende pela série, como se fosse qualquer outro seriado comentado anteriormente. Eles vivem sempre à risca de perderem o poder, de seus inimigos acusarem provas contra eles, pois todos sabem de como a família era suja. Entretanto, ainda assim dão a volta por cima. 

Se como entretenimento o seriado não deixa à desejar, pois é sempre movimentado, seguindo uma narrativa dinâmica que acelera o tempo sem nem avisar, pelo lado de uma experiência mais aprofundada, The Borgias deixa à desejar. Primeiro, que diferente de séries e filme sobre a máfia e corrupção, o contexto aqui sempre acaba nem sendo explorado. Em o Poderoso Chefão, da qual, além de definir a importância de cada membro da família para o sucesso dos negócios, volte e meia as questões humanas são retratadas de maneira completa, com os momentos de reflexão e de dramas mais pessoais, além de mostrar a polícia atrás deles e até uma Cuba como base de tudo. Na série, mal sabemos o que o povo pensa, ou o que ele acha daquilo. Se em alguns episódios algo importante ocorrer fora do Vaticano ou em reinos fechados é pedir demais.

Além disso, o seriado resume os problemas dos três filhos como: Jean sendo um beberrão e sedento por mulheres, Cesare como o equilibrio da família, mas apaixonado por apenas uma mulher (até mesmo o incesto com a irmã é mal retratado ou ignorado mesmo) e Lucrécia como uma moça de aparência angelical, porém vai aprendendo como ser uma Borgia depois de violentada pelo marido e na necessidade de livrar sua pele e da família dos franceses. Rodrigo é sempre aquele isolado de tudo, da qual, vive num mundo diferente. Manda e desmanda, mas não convence quando por um lado parece ter alguma alma.

No fim, todo esse clã unido acaba sendo infalível em sair impune de todos os podres que cometem. Sem ao menos, de alguma forma serem atingidos diretamente. Se essa artimanha é verdadeira e por isso eles viraram personagens históricos tão famosos e que despertam interesse, o seriado os transformam em caricaturas do que realmente foram. É nesse desenvolvimento precário que a trama principal de Boardwalk Empire foi ofuscada pelos coadjuvantes. Mas em The Borgias, até mesmo os secundários somem nas intrigas e no sangue jorrado. Uma pena, estamos falando de uma série criada por Neil Jordan que adaptou o icônico Entrevista com o Vampiro e o subestimado Valente.

O que realmente vale a pena acompanhar na série são os aspectos técnicos, como a direção de arte muito bem cuidada, os figurinos - que inclusive lhe renderam o Emmy deste ano - e a trilha sonora, a música de abertura também levou o prêmio merecidamente. De outro lado é esperar por uma segunda temporada - já anunciada pelo canal para 2012 - que diminua o ritmo e explore melhor não somente as intrigas, mas o que realmente fez da família tão reconhecida assim. Sabemos que eles são unidos e isso foi o maior foco da temporada, mas está na hora de mostrar que ali o Vaticano não é apenas um cenário qualquer, mas que representa muita coisa. Afinal, o pecado como se sabe, foi derrotado e a entidade mesmo sem tanta importância política, ainda sobrevive muito bem. E explorar melhor essa família de anti heróis que sem um pingo de humanidade, não desafia o público com seu fraco caráter dúbio e muito menos servem para fazer torcer por eles.


Trailer:

outubro 06, 2011

Veja Michelle Williams como Marilyn Monroe no trailer de 'My Week With Marilyn'

Filme ainda tem Emma Watson em destaque



Foi divulgado o primeiro trailer de My Week With Marilyn, filme que vai contar uma parte turbulenta da vida de uma das grandes estrelas da história do cinema: Marilyn Monroe. E diferente, do que eu pelo menos achava, o lado mais doce de Michelle Williams, vai fazer muito bem na atuação do ícone, já que que a diva tinha esse lado inocente bem acentuado. E um destaque notável para a Emma Watson, primeiro filme grande pós Harry Potter, da qual, ela vivia a personagem Hermione.


A trama se passa no período de 1956, da qual, Monroe passou na Inglaterra filmando The Prince and the Showgirl ao lado de Laurence Olivier. O filme é baseado no livro homônimo de Colin Clark, que trabalhou como assistente nas filmagens. Durante uma semana, ele teve a oportunidade de guia-la pela cidade - já que ela estava louca para escapar das pressões da rotina hollywoodiana - e mostrar-lhe o melhor da vida britânica.

 Fazem parte do elenco: Eddie Redmayne, Kenneth Branagh, Judi Dench, Julia Ormond, Dougray Scott, Zoe Wanamaker, Toby Jones, Philip Jackson, Geraldine Somerville, Derek Jacobi, Simon Russell Beale e Dominic Cooper.

Dirigido Simon Curtis o longa estreia 4 de novembro nos EUA, sem previsão de chegar no Brasil.

outubro 05, 2011

To infinity, and beyond!


Steve Jobs comprou a empresa Lucasfilms de George Lucas em 1984 e contava com apenas 44 funcionários. Preço do negócio na época: US$ 10 milhões. Fundou a Pixar Animations Studios. Em 1986. Anos depois os filmes da empresa somam diversos prêmios Oscar e seus filmes, como Os Incríveis, Procurando Nemo e Toy Story estão no ranking das maiores bilheterias da história do cinema. Em 2006, Jobs vendeu a empresa para a Disney por US$ 7 bilhões, mas ele ainda continuou como acionista. Quatro anos depois, Toy Story 3 arrecadou só em bilheteria mais de US$ 1 bilhão. Até lá foram mais filmes lucrativos e elogiados como Carros, Wall-e e Up Altas Aventuras. Mais do que visionário, Jobs sempre teve controle criativo dentro da empresa e conseguiu que fizessem produções, da qual, servissem não apenas para entreter o público, mas que acabaram por inspirar milhões de crianças e até adultos. A empresa revolucionou a cultura pop e salvou a Disney do desgaste das animações tradicionais que não tinham mais apelo, apesar da qualidade.
"Steve Jobs foi grande amigo e conselheiro confiável. Seu legado se estenderá além dos produtos que criou ou do negócio que construiu. Serão as milhões de pessoas que ele inspirou, as vidas que ele mudou e a cultura que ele definiu. Steve foi um verdadeiro 'original', com uma perfeição criativa, uma mente imaginativa que definiu uma era. Apesar de tudo o que conquistou, parecia que ele tinha apenas começado. Com seu falecimento, o mundo perdeu um homem raro, a Disney perdeu um integrante de sua família e eu perdi um grande amigo."
 Bob Iger, presidente da Walt Disney.

R.I.P  Steve Paul Jobs

 24 de fevereiro de 1955 - 5 de outubro de 2011

 

outubro 04, 2011

Segundo trailer de 'Cavalo de Guerra', novo filme de Steven Spielberg

Prepare o lencinho...



Steven Spielberg lança a animação As Aventuras de Tintim dia 23 de dezembro, mas dias depois também entra em cartaz outra produção assinada por ele: Cavalo de Guerra (War Horse). O filme é uma adaptação ao romance de Michael Morpurgo e depois do primeiro teaser que impactava com suas grandes cenas, essa nova prévia só constata que será um dos filmes mais emocionantes do ano.

Confira o novo trailer:




O filme se passa em 1914, Joey, um potro com um sinal em forma de cruz no focinho, é vendido ao exército e enviado à Europa, onde se desenrola a Primeira Guerra Mundial. Entregue a um oficial, o animal se torna um cavalo de batalha, testemunhando o horror do conflito na França. A coragem de Joey toca os soldados, enquanto o cavalo sofre pela ausência de Albert, o filho do fazendeiro que ele deixou para trás. Será que ele verá seu dono verdadeiro outra vez?

O elenco é composto por: Jeremy Irvine, Benedict Cumberbatch, Patrick Kennedy, Tom Hiddleston, David Thewlis, Peter Mullan e Emily Watson.  O lançamento ocorre em 21 de dezembro, dentro do limite de tempo para tentar alguma indicação ao Oscar 2012.

No Brasil, Cavalo de Guerra estreia em 6 de janeiro.

Religião e natureza duelam em 'A Árvore da Vida'

Filme não, necessariamente, é para ser entendido e sim para ser sentido



Qual a importância da religião em nossas vidas? Como de certa forma ela interfere nas relações inter pessoais e dão algum significado ao grande mistério da nossa existência? O diretor Terrence Malick dá sua visão da vida em 140 minutos no filme A Árvore da Vida (Tree of Life, 2011), com uma trama complexa, recheada de imagens belíssimas e uma proposta surpreendente de fazer cinema (trilha sonora, edição, direção de câmeras e fotografia são espetaculares). Algo raríssimo e gratificante para os que vão à uma sessão esperando mais do que entretenimento, mas sim buscam sentir e vivenciar novas experiências. Brad Pitt não tem nome, nem a atriz Jessica Chastain. Eles são pais de três meninos que estão prontos para enfrentar a vida. Mas a história não se limita à essa família vivendo nos anos 50, o universo ao redor fazem parte do elenco dessa grande produção.

"Enfrentar a vida" não é bem o termo que se pode dar para o que os jovens vão descobrir, se no filme isso fica condicionado para as crianças que sofrem com a forte autoridade e cobrança do pai que se vê como uma espécie de Deus - dada sua importância -, mais adiante Malick nos leva para outro caminho. O longa começa com a uma perda. E isso é doloroso para a família, que começa a se questionar o por quê daquilo ter ocorrido com eles. Se a religião era sinônimo de esperança, ela agora serve como um consolo, mesmo que colocada em dúvida. Mas nada como a morte servindo como motivo de reflexão da vida. Depois da crise, o nascimento. O diretor então mescla imagens da origem do universo com a fala em off da mãe, ainda questionando o ocorrido, mas seguindo em frente.

Depois das imagens espetaculares, que conseguem ser ainda mais impressionantes que qualquer documentário sobre a natureza ou a criação do universo, a trama central foca em Jack (Hunter McCracken jovem e Sean Penn quando adulto), o mais velho dos irmão que passa a ser o mais cobrado pelo pai. Talvez não o mais cobrado, mas o que se sente mais fora do compasso da família, já que seus irmão possuem um dom natural de serem melhores aceitos - gostam de música, arte. Já o pai vive um dilema jamais resolvido que termina em frustração. Entre a música e a engenharia, ele vive preso entre uma liberdade de pensamento que não sustenta sua família, e a promissora profissão que acaba em decepção. O sujeito controlador só pensa em uma coisa: dar uma educação apostando no medo e controle dos filhos para vê-los vencer na vida, mas ele mesmo não segue o que prega. A mãe aqui vive em outra sintonia. Se o papel da mulher naquela época era apenas de fazer a casa manter-se limpa e organizada, aos poucos ela mostra sua ira contra o método do pai com as crianças.

Isso desperta em Jack algo que em temos psicanáliticos é o chamado complexo de Édipo, que surge com mais clareza na adolescência, e aqui vem numa forma literal do filho querendo matar o pai. Por outro lado, ele mesmo sentindo amor por sua mãe, ainda não compreende como ela pode se omitir dos exageros cometidos pelo pai. É numa viagem do pai, que Jack passa a viver o mundo sozinho, invocando um senso de rebeldia. Decide não obedecer nem a mãe. Então a natureza surge. Uma cena referência é o ser oriundo do mar ferido, provavelmente machucado pelos tubarões. A ira da sobreviência está ali, mas a intransigente relação entre familiares vem na cena em que um dinossauro pisa na cabeça de outro ser da mesma espécie só que este menor, no que pode ser traçado um paralelo dessa relação complexa entre pais e filhos.

Se depois de um momento de fúria, o jovem entende a importância que é sua família, o que fica marcado também é a redenção do pai em relação à ela também. Seu método duro nunca levou ninguém à lugar algum, da qual, ele limitava a maneira dele mesmo viver bem com sua família. Essa repressão dos sentimentos nunca é uma solução certeira, já que como frutos da natureza hostil, o ser humano não é uma fórmula correta e está em constante mutação. E o resto dos seres vivos estão ali apenas como cenário e visualizando quietos a vivência humana, que se acham no centro de tudo. E como sobreviver nesse turbulento meio selvagem de predadores, climas quase imprevisíveis e lugares austeros? Daí entra a educação centrada, da qual, equilibra uma liberdade de pensamentos, moral, ética, criatividade, com amor e união familiar. Essa é a função da mãe, sempre o coração da família.

A Árvore da Vida é um filme extraordinário para ser contemplado, visto e discutido. Mas sem a necessidade de sair tentando compreender tudo. Nas suas entrelinhas e na constante subjetividade de cenas cheias de metáforas filosóficas, científicas e psicológias, o longa ainda guarda uma forma mais simples, que na inocência de uma brincadeira de moleques, você não se sente vendo um filme, mas sim a vida, que poderia ser a sua ou a do vizinho. Mesmo que o espectador não se identifique com o drama retratado, a base familiar, sua hierarquia e seus dilemas sobre educação e religião estão presentes na maioria dos lares. No fim, vale o caminho leve que o diretor nos leva: o da redenção e a importância de uma lado espiritual e de uma boa base familiar. Se o diretor não conseguiu retratar com perfeição a vida, ele chegou perto, bem perto.