Enquanto a versão norte americana de Skins, enfrenta problemas de audiência e a perda de patrocínio depois de apresentar um conteúdo considerado controverso (o que já era esperado, né?), no Reino Unido o seriado continua nas nuvens. Mostra cenas de uso de drogas por jovens e nudez ocasional, mas sem chocar ou atrapalhar o brilhante roteiro - que sempre foi o ponto forte do seriado inglês. Essa quinta temporada teve sem dúvidas, o melhor episódio de abertura desde o momento de estreia quando o personagem Tony abre os olhos e nos leva à sua arrogante vida. Na segunda fase, o seriado caiu nos clichês construídos por ela mesma e foi salva por alguns personagens coadjuvantes.
Nesse primeiro episódio da quinta temporada e a terceira geração do elenco, ficamos centrado no drama de Franky, uma jovem que tem um jeito peculiar de ser e por isso sofreu e sofre preconceito em qualquer lugar que vive. Filha adotiva de pais homossexuais, ela mantém uma aparência andrógina (parece Tilda Swinton adolescente) e gosta de vestir roupas diferentes, sempre com muito pano, beirando ao masculino. Sempre leva seu boneco de madeira, também sem uma identidade definida, para todos os lugares e com ele tenta entender como viver dessa forma. No colégio ela é abordada pelo trio de garotas aparentemente fúteis e que aproveitam a bizarra situação para se sentirem por cima. São elas, Mini, Liv e Grace. Depois de forçarem uma amizade, Mini consegue com ajuda do namorado, Nick, tramar contra a jovem. De volta à solidão, Franky tem dificuldades de assumir como é e enfrentar o mundo, da qual, todos tentam se moldar de forma socialmente aceita.
Termina como um bom feel good movie, com o apoio dos novos amigos Alo e Rich - também diferentes e buscando um jeito de sobreviver com seus trejeitos politicamente inaceitáveis, ou nem tanto assim - Franky encontra uma forma melhor para desabafar do que atirar contra o nada, descarregando seu ódio às "vadias". Tudo acontece mesmo depois que Matt a encontra e diz como ela é bonita. No melhor estilo Skins, a aceitação de sua própria identidade e a busca pelo respeito à liberdade de ser autêntica, vem com festa entre outros jovens e a sede por fazer algo proibido levando à cartase de ser adolescente e enfrentar os problemas da conturbada fase. Foi uma maneira espetacular para dar um novo gás ao seriado que escolheu fechar gerações sem um desfecho concreto - o que acaba virando uma experiência indigesta à cada final de uma fase. Fica à dica para os autores da versão norte americana que podiam ter começado como Franky em seus primeiros momentos na escola nova: quieta, sem procurar encrenca e depois ir impondo seu modo de ser, com à ajuda de seu público já fidelizado.
Veja o teaser e o trailer:
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