
Divido em duas partes, primeiro sobre o trabalho de cada um desde o nascimento de uma ideia, até a construção do roteiro e a execução desta ideia, a análise parte para os gêneros cinematográficos Drama, Comédia, Ação/Aventura, Thriller (Suspense/Terror) e Ficção Científica/Fantasia. Essa abordagem, sempre apoiada na obra Poética de Aristóteles, tenta definir as diferenças e abordagens dentro da indústria - mesmo que um filme pode mesclar vários gêneros, já que sempre existem fórmulas e características básicas que fazem alguns se encaixarem nos mesmos temas. Ela ainda utiliza exemplos para ilustrar quando um filme utiliza bem a fórmula do gênero e se sai bem sucedido, ou aqueles que abusam e subestimam a inteligência do público e fazem um mau trabalho. No final de cada capítulo, ainda desafia o leitor com exercícios de percepção. Interessante também como a autora coloca Musical e Western como estilos cinematográficos e não gêneros. Isso faz sentido, com tantos musicais que são completamente diferente entre si, e a forma que são contados que os deixam semelhantes. Exemplo: Sweeney Tood x Hairsray.
Ana Maria Bahiana ainda apresenta gráficos que contextualizam esses gêneros e as mudanças que passaram em cada período histórico. Como grande meio de comunicação de massa, o pensamento da sociedade influencia fortemente o que é apresentado nas telas. A forma como também é lançado o filme, tratado na primeira parte, é fundamental para entender a proposta de um projeto - se ele é voltado para arte, ou para o grande mercado afim de lucrar bastante. No final, ela dá dicas de grandes filmes para quem busca entender melhor tudo o que foi mostrado e analisado e busca uma maneira de estreitar os laços do leitor com a sétima arte, sem se perder em filme menos importantes. Uma ótima leitura e importante em um mercado que sempre está numa constante mudança.