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dezembro 31, 2008

Sete Vidas

Will Smith volta a aparecer em uma sessão: "vamos chorar um pouco?"


Se tem um ator que mostra um carisma incrível nas telonas, seja em um papel dramático, de herói ou numa comédia besteirol, ele se chama Will Smith. E depois da sua badalada e elogiada performace no drama À Procura da Felicidade, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, ele volta num filme ainda mais dramático e com o carisma inabalável.

Sete Vidas conta a história de um agente da Receita dos Estados Unidos chamado Ben Thomas (Will Smith). E ele está disposto a encontrar sete pessoas dignas de serem ajudadas, seja dando um tempo para se acertar com o "leão" ou apenas os livrando de doenças e de pessoas que perturbam a paz. Mas claro, ele busca conhecer bem o passado dessas pessoas e saber se elas precisam mesmo de ajuda. Durante o filme é mostrado ele conhecendo as tais pessoas e ajudando gradativamente. Isso tudo ainda em meio a flashbacks que mais tarde mostram o motivo dele está fazendo isso. O filme passa por uma parte de suspense que dá uma agonia e em momentos chega a causar confusão no público, que tenta montar o quebra-cabeças. A primeira peça é a que guia as outras, bem no início do filme, em uma cena dele ligando para a emergência e pedindo uma ambulância para o seu suícidio. Daí personagens são apresentados.


Em uma parte do filme, a personagem Emily Posa (interpretado pela ótima Rosaria Dawson), uma tipógrafa com problemas cardíacos - em parceria com seu simpático dogue alemão - acaba sendo uma das mais difíceis pessoas a cederem à ajuda dele. Mas por um momento ela acredita nele e abre seus sentimentos de forma surge o romance do filme. O problema é que isso ocorre e ele decide não se deixar levar pela emoção e quer continuar o plano de ajudar as sete pessoas.

Com direção do cineasta italiano Gabriele Muccino, que o dirigiu em À Procura de Felicidade, Will Smith acaba fazendo uma ponte entre os dois personagens, só que dessa vez ele age de forma heróica ao extremo, e isso parece ter desapontado alguns críticos. Bom, acredito que um papel desses não podia ser pra qualquer ator.

Sete Vidas é feito de modo que o leve à lágrimas no final, pois forçando ou não, joga peças que vão deixando mais fácil o quebra-cabeças a ser finalizado, e antes mesmo de você não queira terminar de montar as peças, você já se pega chorando. A cena impactante e que funciona como um soco no estômago dos mais sensíveis perto do final. E essa montagem do romance no meio da trama, é despedaçada em uma cena violenta. E o final heróico pode ser mais um tapa na cara de quem se leva pelo carisma tanto do ator, quanto do personagem. Memorável. [Nota: 10]

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