Se tem um ator que mostra um carisma incrível nas telonas, seja em um papel dramático, de herói ou numa comédia besteirol, ele se chama Will Smith. E depois da sua badalada e elogiada performace no drama À Procura da Felicidade, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, ele volta num filme ainda mais dramático e com o carisma inabalável.
Sete Vidas conta a história de um agente da Receita dos Estados Unidos chamado Ben Thomas (Will Smith). E ele está disposto a encontrar sete pessoas dignas de serem ajudadas, seja dando um tempo para se acertar com o "leão" ou apenas os livrando de doenças e de pessoas que perturbam a paz. Mas claro, ele busca conhecer bem o passado dessas pessoas e saber se elas precisam mesmo de ajuda. Durante o filme é mostrado ele conhecendo as tais pessoas e ajudando gradativamente. Isso tudo ainda em meio a flashbacks que mais tarde mostram o motivo dele está fazendo isso. O filme passa por uma parte de suspense que dá uma agonia e em momentos chega a causar confusão no público, que tenta montar o quebra-cabeças. A primeira peça é a que guia as outras, bem no início do filme, em uma cena dele ligando para a emergência e pedindo uma ambulância para o seu suícidio. Daí personagens são apresentados.
Em uma parte do filme, a personagem Emily Posa (interpretado pela ótima Rosaria Dawson), uma tipógrafa com problemas cardíacos - em parceria com seu simpático dogue alemão - acaba sendo uma das mais difíceis pessoas a cederem à ajuda dele. Mas por um momento ela acredita nele e abre seus sentimentos de forma surge o romance do filme. O problema é que isso ocorre e ele decide não se deixar levar pela emoção e quer continuar o plano de ajudar as sete pessoas.
Com direção do cineasta italiano Gabriele Muccino, que o dirigiu em À Procura de Felicidade, Will Smith acaba fazendo uma ponte entre os dois personagens, só que dessa vez ele age de forma heróica ao extremo, e isso parece ter desapontado alguns críticos. Bom, acredito que um papel desses não podia ser pra qualquer ator.
Sete Vidas é feito de modo que o leve à lágrimas no final, pois forçando ou não, joga peças que vão deixando mais fácil o quebra-cabeças a ser finalizado, e antes mesmo de você não queira terminar de montar as peças, você já se pega chorando. A cena impactante e que funciona como um soco no estômago dos mais sensíveis perto do final. E essa montagem do romance no meio da trama, é despedaçada em uma cena violenta. E o final heróico pode ser mais um tapa na cara de quem se leva pelo carisma tanto do ator, quanto do personagem. Memorável. [Nota: 10]
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