Uma patricinha que não consegue parar de comprar, em meio a uma crise financeira e ao mundo da moda sempre atiçando com suas coloridas e extravagantes peças. Rebecca Bloomwood, interpretada pela talentosa atriz Isla Fisher, é a louca por liquidações e novidades sobre vestimentas. Mas agora ela está com um grande e caro problema. Está quebrada e devendo dinheiro. Então a jornalista - da qual sua personalidade remete à Elle Woods (Reese Witherspoon em Legalmente Loira) - envia seu currículo a uma Revista de moda, que é a sua meta, mas tem de ser contentar em escrever uma coluna em uma Revista de Finanças, que é da mesma empresa.
Ironias à parte, a jornalista fica diante o desafio de se fazer de uma mulher que adere a moda, mas tem consciência de como gastar, enquanto tenta se livrar de um cobrador aterrador e ainda controlar seus desejos consumistas. O filme é recheado de clichês e um humor bem escrachado, que foge do equilibrado O Diabo Veste Prada e beira às situações da série Ugly Betty. É como se a jovem fosse bipolar, Rebecca a jornalista centrada, e que foi aplaudida por sua coluna, e o seu oposto Becky Bloom, a patricinha transloucada que mente para todos e faz o seu vício ficar à frente até das amizades.
O filme infelizmente é uma comédia forçada a ser compreendida como um filme pipoca. As questões que regem a trama são a importância da amizade e do amor. Como em muitas comédias românticas. Na produção, temos situações engraçadas, protagonista com seu calcanhar de Àquiles, mocinho que é o jornalista sempre desarrumado, vilões deixando-a no fundo do poço e enfim sua volta por cima. A moda é a vilã da história, mas isso não fica claro. Se ela não é vilã, fica consentido que o ser humano é o fraco, sem personalidade e alienado. Não estranhe se a cor da próxima estação for o azul.
A crise financeira nem é muito citada, o que é dá para se entender, mas quando a protagonista demora a dizer o porquê é tão consumista, nada é aprofundado, ela apenas solta a frase: "quando eu compro, o mundo fica melhor". Fica melhor do quê? Da fome, violência? Temas que são pesados para uma comédia assim como a crise econômica mundial, mas, que infelizmente Hollywood perdeu a chance de fazer um filme que tocasse em um tema tão atual e interessante, que é o consumismo desenfreado. Mas claro que não será essa Hollywood que vai tocar nesse assunto, isso fica por conta de um cineasta chamado Michael Moore. Aqui a crise é gostosa, e o consumismo é uma doença individual, não uma epidemia de países ricos e em desenvolvimento. A protagonista é carismática e não faz nada por mal, irrita apenas pelo seu péssimo senso de moda.
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
Confessions of a Shopaholic
EUA, 2009 - 104 min
Romance / Comédia
Direção: P.J. Hogan
Roteiro: Tracey Jackson, Tim Firth, Kayla Alpert, Sophie Kinsella
Elenco: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter, Joan Cusack, John Goodman, John Lithgow, Kristin Scott Thomas, Leslie Bibb, Fred Armisen
Trailer:
EUA, 2009 - 104 min
Romance / Comédia
Direção: P.J. Hogan
Roteiro: Tracey Jackson, Tim Firth, Kayla Alpert, Sophie Kinsella
Elenco: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter, Joan Cusack, John Goodman, John Lithgow, Kristin Scott Thomas, Leslie Bibb, Fred Armisen
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