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fevereiro 16, 2010

A originalidade do roteiro é um marco em 'Bastardos Inglórios'

Sem pudor algum, Quentin Tarantino mostra sua versão da caça aos nazistas


Durante anos, assistimos as várias facetas do terror que assombrou o mundo no final da década de 30 e na década de 40. O cinema sempre dedicou parte de seu grande poder de comunicação para contar as mais belas histórias de sobreviventes ou de heróis que de alguma forma ajudaram a salvar vidas naquela Alemanha cinzenta que o mundo tenta, mas jamais vai esquecer. Porém outras visões diferentes foram feitas, no propósito de se aproveitar uma estória que ao mesmo tempo é tão grandiosa e outras vezes medíocre. O mesmo cinema que foi usado para difundir o nazismo, agora é usado para uma versão jamais pensada e de tão inteligente e simples se aproveita da nossa sede de vingança contra aqueles que defendiam existir a tal raça superior.

Quentin Tarantino parece gostar mesmo de gostar de brincar ao fazer um filme. Ele joga com a platéia a cada cena, adora por referências que apenas os mais nerds vão entender e separa o deboche, o cinismo e as cenas trash de violência para divertir a maioria que não entende as citações. Em Bastardos Inglórios ele faz isso mais uma vez. A história se inicia na França já ocupada pelos nazistas, então em uma bela manhã, o  coronel nazista Hans Landa (Christoph Waltz) faz uma visita em uma fazenda, e lá encontra judeus escondidos.  Mata-os, porém, a jovem Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent) testemunha a execução de sua família e consegue fugir. A introdução nos apresenta melhor ao vilão que termos que lidar, e o resultado é surpreendente. Não é a toa a indicação de Waltz para o Oscar.

Fugitiva em Paris, cria uma nova identidade como dona de cinema. Enquanto isso, o tenente Aldo Raine (Brad Pitt) espalha o terror junto de seus amigos soldados judeus aos nazistas. A "gangue" é conhecida como Os Bastardos. Eles se juntam a agente infiltrada Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão que tem por objetivo derrubar os líderes do Terceiro Reich. Em Paris os personagens se encontram na premiere de um filme alemão, estrelado pelo herói de guerra (feito pelo Daniel Brühl de Adeus Lênin e Edukators). É a oportunidade perfeita para acabar com os lideres da suástica.

A cada cena, o diretor foge de todas as regras - se é que existem - utilizadas por muitos outros diretores. O erro gramatical do título do filme em inglês sintetiza o que o filme é. Politicamente incorreto, canastrão. Não existe um personagem principal. Uns morrem e outros continuam até se bobear morrerem também. Nem mesmo Brad Pitt muda a regra. Conhecido sempre por ser protagonista, fica de mãos atadas em uma das cenas principais do filme. Atuações caricatas e exageradas. Aqui o que prevalece são os estereótipos já conhecidos, tanto dos americanos caipiras, quanto dos alemães certinhos. É um filme que satiriza um pouco da história, e reparem, apenas os judeus mais tradicionais ficaram de fora. Ou seja, tudo ocorre com muito humor negro, mas acima de tudo prevalece um certo respeito. Afinal, o que Quentin quer é divertir e aqui, dar ao público o sangue de Hitler.

Bastardos Inglórios
Inglourious Basterds
EUA, 2009 - 153 min
Guerra 
Direção: Quentin Tarantino 
Roteiro: Quentin Tarantino 
Elenco: Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Eli Roth, Michael Fassbender, Diane Kruger, Daniel Brühl, Til Schweiger, Gedeon Burkhard, Jacky Ido, B.J. Novak, Omar Doom, August Diehl, Denis Menochet

Trailer:


Um comentário:

  1. AMOOOOOOOOOOO! AHUHUAHUAHUAHUAHUUHA

    AMO DE PAIXÃO ESSE FILME! KKKKKKKKKKKKKKKK

    comprei até o dvd, piratão, mas é o dvd ;~

    eu quase fui expulsa da sala do cinema de tanto q eu ria kkkkkkkkkkk

    a cena do trio fingindo serem italianos é uma das melhores! XD

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