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fevereiro 13, 2010

GLEE: UMA SÉRIE SOBRE PRECONCEITO QUE SOFRE... PRECONCEITO

Seriado dá uma lição de simplicidade e humildade a cada episódio


Quando foi exibida a premiere do primeiro episódio na FOX americana, logo após da final do American Idol, Glee chamou a atenção por ser um musical. Um musical que apostava em brincar com clichês, abusando do lado cômico e dramático dos personagens. Mas quem viu apenas o primeiro episódio, pode perceber que ele foi fraco e por isso o levaram a desistir da série imediatamente. Foram inúmeros comentários de pessoas ansiosas em ver o programa e se disseram decepcionadas, comparando a High School Musical, com versões de músicas que tocam na rádio. A avalanche de críticas negativas se refletiu nos números de audiência que caíram gradativamente nos primeiros episódios. Existem séries que fisgam o telespectador logo de cara, mas outras que evoluem apenas depois de alguns episódios no ar. Então, como a série conseguiu conquistar o público e a crítica ao longo da primeira parte da temporada de estreia? Com muita humildade, criatividade e claro, música!

O episódio piloto se baseou em tudo que se conhecia dos chamados losers dos colégios americanos e o seu oposto, os populares jogadores de futebol americano e as líderes de torcida. Todas as humilhações por parte desses populares com a considerada escória do colégio: negros, asiáticos, gordos, gays, grávidas, deficientes físicos... Mas nesse episódio  não deixou claro como eles fariam para crescerem, enfrentarem seus medos e fazerem do Glee Club, o clube do coral do colégio, um grande sucesso. E outro ponto interessante, como aqueles que estão por cima, do nada, podem estar junto com os losers seja qual motivo for.

O enfoque dado ao professor Will Schuester (Matthew Morrison) mostra a relação que o professor tem com esses tipos de alunos e sempre consegue tirar uma lição de superação a cada episódio. Mesmo a vilã Sue Sylvester (Jane Lynch) tem em todo seu ódio, alguma relação com a temática e apenas lida de forma diferente com isso. Quem viu apenas o primeiro episódio e desistiu em seguida, perdeu um episódio inteiro em que o personagem Artie Abrams (Kevin McHale) revela a todos o drama de viver em cadeira de rodas. Ou ainda os diálogos não muito frequentes na TV do jovem gay, Kurt Hummel (Chris Colfer), se abrindo com o pai. Entre outros que vão ganhando destaque a cada capitulo.

Para aqueles que não tiveram a chance de assistir a Glee, o seriado pode ser rotulado de musical, comédia ou drama, mas o que ele tem trazido ao centro de debates, está além dos dramas adolescentes que são vistos hoje em dia. Particularmente eu demorei uma temporada inteira para ter certeza que Gossip Girl é uma série sem profundidade, com um roteiro vazio e que tem a necessidade de polêmica para ser comentada, mas foram os 13 episódios de Glee, que me convenceram do alto nível do seriado e com a criatividade, boas atuações e um toque de realidade em mistura com absurdos, fazem da série a diferença na cultura da televisão dos dias de hoje. Desde One Tree Hill (em seu início) e a brilhante Friday Night Lights não via algo surpreendente, agradável e que prende a atenção do jovem na TV.


No momento a série entra em hiato e volta em Abril com o restante dos episódios da primeira temporada. A FOX do Brasil vai reapresentar a primeira temporada nas quartas-feiras às 22 horas.

2 comentários:

  1. ahahaha nao consegue ficar sem falar mal de GG -_-'

    vou dar uma chance a glee =D

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  2. Eu fui um daqueles que quase deixou de assistir o restante do seriado por causa do primeiro epsódio, mas ainda bem que não fiz isso.Os personagens e a estória foram me conquistando epsódio após epsódio a ponto de ficar com os olhos cheios de lágrimas várias vezes.Não vejo a hora de começar a nova temporada.

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