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junho 21, 2012

'Dallas' e seu retorno ao lugar comum

Série de sucesso nos anos 80 volta com atores novos e as mesmas intrigas



Depois de 14 temporadas (entre 1978 e 1991) e vinte anos após seu fim, a série Dallas retorna com sucesso na TV americana pela TNT e acaba de desembarcar no Brasil pelo Warner Channel - com apenas cinco dias de diferença. Estreou na última segunda (18) o drama que foca na rixa entre duas famílias que há gerações brigam pelo poder e dinheiro. E o que foi visto é um novelão com todos ingredientes do sucesso: atuações exageradas, rostos bonitos, segredos, mistérios e intriga, muita intriga.


Com o fim de Desperate Housewives que trouxe de volta o formato telenovela para seriados, abusando de dramas familiares e seu sucesso levou o auge o estilo com Brothers & Sisters que durou cinco temporadas. O retorno de Dallas intensifica que o gênero novelão travestido de seriado não terá fim tão cedo. E tem público pra isso, o que é mais importante. Nesse retorno - o maior acerto, um remake poderia custar mais caro e requer uma responsabilidade desnecessária - personagens icônicos e que já foram centro das intrigas, agora dão lugar aos seus filhos, crescidos e com os mesmos ideais opostos.


Depois de 20 anos, a família Ewing, mantém fortuna operando ao mesmo tempo uma exploradora de petróleo e grandes negócios na pecuária. Porém, com a descoberta de mais petróleo nos arredores das terras, vai colocar panos quentes da disputa que estava apenas adormecida. Os irmãos J.R. (Larry Hagman) e Bobby (Patrick Duffy) seguem inimigos - os atores repetem seus papéis. Ainda completam o elenco original a atriz Linda Gray, que interpretou Sue Ellen.


Além de abençoarem a retomada da trama, são eles que seguram o principal arco da série, usando como marionetes os novos personagens que aos poucos vão ganhando espaço com novos dramas. Curiosamente os atores escolhidos são os novos galãs da  TV e que vieram de uma mesma série: Desperate Housewives - são eles Josh Henderson e Jesse Metcalfe. Henderson é John Ross Ewing III, que herdou, além do nome do pai, o caráter duvidoso de J.R.. Metcalfe, por outro lado é como Bobby: ético e amoroso. Adotado, mais motivo de ofensas contra ele, ainda criança pelos Ewing, Christopher se dedica às empresas da família e ao casamento recente com Rebecca Sutter (Julie Gonzalo). Mas, uns dos nomes mais importantes no elenco é de Jordana Brewster, atriz que se estabeleceu no cinema de Hollywood em filmes de ação e terror, agora surge como Elena, a ambiciosa filha da cozinheira, que mesmo namorando com John Ross, ainda ama Christopher.


O primeiro episódio teve o básico que se espera: segredos, como o câncer de Bobby; intrigas, o caso de John a todo custo querendo descobrir o calcanhar de Aquiles do primo que busca novas formas de energia que não seja o petróleo e assim conseguir direito aos poços que são de sua avó, porém, ele não possui o direito de extração na propriedade; o amor proibido entre Christopher e Elena, já que ele está prestes a se casar e ela tem um caso com seu inimigo; e a construção de aliados. No fim, reviravoltas não tão surpreendentes assim, mas que conseguiram prender a atenção de quem gosta de um bom novelão contado de forma resumida: como uma série.


Trailer: