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junho 12, 2012

'True Blood' retorna às origens em nova temporada

Nada de vilões novos e sim mais reflexões sobre política e religião



Estreou neste domingo (10), a quinta temporada da série de sucesso True Blood. Repetindo o feito de Game of Thrones, a HBO Brasil exibirá a série de forma simultânea com os Estados Unidos trazendo a opção de legendas e áudio original ou dublado. O que foi visto nesse primeiro episódio é um caminho de retorno com a essência das três primeiras temporadas. Após apostar em bruxaria no ano passado e se resumir em um único arco, trazendo bruxas contra vampiros, chegou a hora dar continuidade ao que realmente chamou atenção desde a sua estreia: a tumultuada relação entre os vampiros e os humanos e, como fator crucial, a religião e o ódio aos seres sobrenaturais mesmo após a criação de sengue sintético - True Blood - que de alguma forma aliviou as tensões, mas gerou controvérsia. 

Mesmo não mostrando de forma clara esse recomeço, a temporada começou exatamente do ponto finalizado no último episódio da quarta. Tara "ferida", Sookie vingando sua amiga, Bill e Eric matando quem estava se opondo aos seus caminhos, Lafayette de luto pela morte do namorado, Jessica e Jason vivendo os desdobramentos do breve romance tórrido, Sam e Alcides no meio de lobisomens sedentos de sede vingativa após a morte de seu líder por eles, e outras tramas menores. As figuras desenterradas é que vão ditar o ritmo desta fase. Primeiro o reverendo Steve Newlin (Michael McMillian), que liderava um grupo religioso afim de aniquilar a raça vampiresca da face da terra. Como esperado, seu ódio na verdade era uma forma de esconder seus reais desejos - homossexuais por sinal, já que a trama sempre soou como metáfora para a realidade. O outro vilão desenterrado é o perigoso rei Russell Edgington (Denis O'Hare), que fora - literalmente - enterrado embaixo de um reforçado concreto por Bill e Eric, mas de alguma forma escapou de lá.

Movimentando ainda mais a hierarquia política, só que dentro do próprio clã vampiresco, Eric e Bill terão de enfrentar um julgamento nas mãos de Roman (Chris Meloni), que sempre apoiou a boa convivência entre vampiros e humanos, porém, gosta de fazer do seu - violento - jeito. Óbvio que a temporada ainda começou com uma boa dose de sexo, a cena entre Eric e sua irmã (!) foi as mais quentes, e a nudez gratuita segue explorando desde nádegas masculinas em excesso até seios femininos, sem esboçar qualquer pudor - característica do seriado. Sookie, a protagonista, não ficou com uma trama fraca, e sim precisa lidar com sua violenta reação aos últimos eventos, da qual, matou a companheira de Alcides após esta atirar em Tara. Lidar com seu inédito instinto violento trará uma boa complexidade à personagem. Enquanto isso, personagens como a Pam, segue sendo o tom sarcástico do roteiro:
"Eu estou vestindo um moletom Walmart pra vocês. Se isso não é uma demonstração de espírito de equipe, eu não sei o que é."
Uma boa dose de suspense, ação e humor, que sempre foram o marco do seriado, mas de tempos não empolgava. Será que True Blood vai voltar ser aquela série viciante e com algum contexto sério? Vale a pena ao julgar por este começo.


Trailer: