A Warner Channel Brasil finalizou na última terça (5), a quarta temporada da série Fringe - com alguns dias de diferença da sua exibição nos EUA. Como já havia dito no post especial sobre a terceira temporada (você encontra aqui), o seriado deixou de ser umas coisas mais legais da TV e cada vez mais perde o fôlego dentro de si mesma. Algumas coisas foram repetitivas, um tanto sem graça e carente de grandes novidades, passando a focar no drama dos personagens. Depois de três temporadas apresentando uma história descomunal, intrigante e marcante, o seriado se vê preso em personagens cada vez mais desgastados e um roteiro que não supera mais expectativas como antes. Mas uma coisa é certa: os fãs mais dedicados tem muito o que se emocionar ainda.

Apoderando-se de elementos da primeira temporada, como o vilão David Jones, esta temporada foi um reboot, o que fez de certa forma diminuir o interesse no que já foi apresentado. Olivia, assim como Walter, não se lembrava de Peter, mesmo que tenham construído uma ponte entre os dois mundos (fato que só ocorreu com a sua existência - criando um paradoxo). Ou seja, no fim, o que ocorreu não foi uma anulação da existência de Peter, e sim, ele foi sumariamente apagado da memória das pessoas e seu estado físico não foi levado para outro universo paralelo, mas continuou ali em outra frequência. Fortalecido pelo grande poder emocional dos envolvidos e os poderes de Olivia, conquistados pelas toxinas que recebeu durante a infância, Peter reaparece e aos poucos todos voltam a lembrar de ti.

Para os que assistem Fringe sem nenhuma grande obsessão, o seriado soa confuso e incompleto em diversos momentos. Entretanto, se tiver tempo, uma rápida busca no google e veja que os fãs analisam detalhes por detalhes de episódios em busca de pistas sobre a mitologia, como a localização de Observadores escondidos, a utilização de cores que revelam em qual universo a trama está, referência de outros episódios do seriado e outras séries do criador JJ Abrams e por aí vai... É interessante, mas que nos tempos de hoje, com tanta informação e seriados mais fáceis, fica difícil acompanhar. A graça toda estaria aí, porém, pela audiência percebe-se que o joguinho não funcionou como deveria. Mas, quem se importa? Fringe viveu até agora e terá um final ao menos digno - e isso é pra poucos.