Ficção científica divide opiniões, mas é um bom filme
Pra começar, não se deixe por levar com as críticas negativas que aparecem por ai, pois a maioria são de críticos que não gostam de remakes, não gostam do Keanu Reeves e muito menos aceitam o fato da bela Jennifer Connely ter ganhado um Oscar e está fazendo o seu trabalho em produções diferentes de dramas para o Oscar. Pelo menos é a impressão que fica ao ler os exagerados.
Eu não vou ficar comparando o filme com o original de 1951, tem necessidade disso? O filme tem um roteiro novo, mudança na personalidade dos personagens e um visual bem diferente do adaptado. Claro. Não tirando o mérito do original, que assisti numa das madrugadas da Globo e achei genial ver aquele robô parado e todos querendo saber o que é que ele queria. Eu me senti dentro da história, querendo saber o que estava acontecendo. Mas a geração agora é outra e diferente de mim, não são todos que vão sentir aflição em ver o novo O Dia em que a Terra Parou. Naquela época não era a questão climática que colocava medo na população, e sim bombas nucleares.
Então muda-se o público, muda-se o filme. A essência pode continuar. E ela permanece aceitável. O início tem uma tensão muito grande, quando a cientista Helen (Jennifer Connely) é levada pelo governo dos Estados Unidos para um lugar de pesquisas sobre um objeto que parte em direção ao nosso planeta. Logo descobrem que é uma nave, e claro ela é recebida muito mal pelos humanos. Klaatu (Keanu Reeves) é o ser alienígena que traz uma mensagem, que não é muito positiva aos humanos. Daí a Helen busca em saber como reverter tal situação, e em meio a isso, resolver seus problemas familiares com o enteado - o pequeno Jacob (Jaden Smith). A lição do filme é tão eficiente quanto outras produções de gêneros diferente que se propuseram a discutir tal tema, como Wall.e, e sem contar com o terror de Fim dos Tempos - numa escala menor, bem menor.
Esbanjando efeitos especiais, a produção consegue manter um ritmo particular de filmes do gênero e traz a volta de Keanu à produções no estilo que o fizeram grandioso na carreira - Matrix, Constantine e inicialmente em Johnny Mnemonic. Não que isso o faça um bom ator, pois são papéis quase inexpressivos, mas que na pele de um ator diferente, perderiam a frieza que a história pede. Mas mesmo em gêneros diferentes, ele conseguiu se dar um resultado aceitável, como no romance A Casa do Lago ou o drama em que ele contracena com crianças, Hard Ball - O Jogo da Vida.
O Dia em que a Terra Parou vai agradar a nova geração, assim como Guerra dos Mundos satisfez a maioria e quem sabe causar um desejo em ver o original, que tornou-se um marco para a ficção científica. O ponto negativo do filme vai para os coadjuvantes que pouco acrescentam na trama, e deixam a parte pesada para os protagonistas fazerem tão bonito quanto a versão original. Mas apesar de não serem brilhantes, eu gostei. Quem venham mais remakes! [Nota: 9,0]
me convenceu,, quero assitir!!!
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