Existem dois tipos de produções solicitadas na indústria do entretenimento: aquelas que servem por pura diversão, apostando em simplicidade e algo estereotipado e aquelas que procuram algo mais, introduzindo complexidade na trama e assim despertar novas sensações no espectador. The Walkind Dead de forma bem ruim começou sua jornada se enquadrando no primeiro aspecto. Mas, aos poucos, foi se tornando muito mais do que uma série de zumbis, conseguindo inserir tanto questões óbvias quanto outras desafiadoras.
O seriado finalizou sua segunda temporada na última terça (20) no Canal FOX (apenas dois dias de seu final nos EUA) garantindo a resolução de um ciclo trabalhado de forma primorosa e a introdução de uma fase ainda mais sombria. Mesmo com um começo ruim, a chegada dos sobreviventes liderados por Rick na fazenda de Hershel foi muito mais do que um simples acampamento de sobreviventes. Toda a evolução da série para um patamar mais adulto ocorreram ali. E o grande antagonista do seriado, Shane, foi quem ditou os novos rumos que agora levam a saga dos sobreviventes para algo muito maior.
E quando se fala em questões complexas elas são desde uma gravidez indesejada nesse ambiente apocalíptico, o atrito entre o dono da fazenda e o líder do grupo, a duvida sobre a competência de Rick como líder, a ética de matar humanos por mais que isso fosse necessário e até a mudança quase que radical da postura daquele homem que lidera um grupo imerso na escuridão. Responsabilidades precisam ser levadas ao extremo, mas qual o preço disso?

