Vingança. No dicionário: s.f. Ato ou efeito de vingar(-se). Represália, desforra, vindita, retaliação. Na TV um seriado se aventura em mostrar a ação de fazer justiça contra alguma situação que resultou em tal sentimento: Revenge, que teve sua primeira temporada finalizada nesta terça (17) no Canal Sony (nos EUA é exibida pela rede ABC). Apostando em uma protagonista com sede do sentimento, a trama é recheada de suspense, reviravoltas, drama e romance. Porém, o que parecia um caminho interessante, se perde num amontoado de intrigas forçadas, roteiro repleto de equívocos e carente de reflexões.
Nos primeiros episódios, Emily começa a esticar sua teia de intrigas e domina as pessoas ao redor como se fossem peças em um enorme tabuleiro. Vai atrás de cada um na intenção de vingar o pai e sua situação como órfã. Porém, depois de tantas idas e vindas, o foco principal acaba sendo perdido e Revenge se transforma numa série um tanto confusa e sem foco. O que antes era uma protagonista fazendo vingança, vira um show de personagens com caráter duvidoso e também fazendo pequenas vinganças. Um toma lá dá cá endinheirado. Para piorar a situação, os efeitos especiais que constroem o palco da história, por vezes, soa artificial assim como o roteiro cheio de frases de efeito e as atuações mexicanas.
Entretanto, Revenge teve momentos gloriosos, como o episódio piloto que logo fora continuado em um outro, exibido pouco mais da metade da temporada, da qual, descobre-se que não fora Daniel assassinado na festa de noivado de Emily com ele. Infelizmente, a partir daí até seu desfecho, o seriado acumulou um ritmo chato, sem grandes novidades e muito drama para personagens pouco importantes e ainda mais trash, como a filha bastarda dos Graysons, Charlotte (Christa B. Allen). Chega a ser risível sua participação em algo que deveria soar como tenso. E a inexperiência da atriz só piora ainda mais o quadro. E ela não é a única.