O maior comentário este ano foi o Emmy que fora negado à Mad Men, após quatro anos vencendo o troféu máximo de melhor série de drama. Se ganhasse, Mad Men empataria com Frasier que na história é a maior vencedora invicta na categoria de melhor série, só que neste caso, comédia. Mesmo fã da série sessentista, não tiro os méritos de que Homeland é interessante e funciona como entretenimento, porém, Mad Men é tão maior e mais complexa, tão melhor atuada e produzido que não aceito com contentamento a opinião da Academia que na verdade tomou esse caminho, porque está em busca de uma renovação em seu formato para assim segurar a audiência. Outro fato que causou impacto é a audiência de The Walking Dead, sem dúvidas a maior série do ano, em termos de audiência e debates. Girls se saiu melhor que Veep dentro da HBO. E Downton Abbey, a única inglesa que atravessou o atlântico sem afundar, está fazendo um sucesso merecido na terra do Tio Sam. Foi exibido no Brasil o final de Friday Night Lights que me levou às lágrimas, além da brilhante resolução de Skins e o apático final de Desperate Housewives.

No Brasil, mesmo com a Globo apostando cada vez mais e encontrando um ritmo para suas estreias e séries já consagradas - entre as estreias de sucesso foram Subúrbia e Como Aproveitar o fim do mundo -, foi na tv paga que a melhor série foi exibida. A versão nacional de Sessão de Terapia, oriunda do Israel. A direção melancólica de Selton Mello deu todo um traço complexivo à trama. A lista das séries que mais me chamaram à atenção em 2012:
Melhores séries do ano que exibidas legalmente no Brasil:
20- Go On (NBC/ Warner Channel) (Parte da Temporada 1)
Como fazer comédia com um protagonista que acabou de perder a esposa? A nova série estrelada pelo Ex-Friends Mathew Perry é engraçada, com alguma profundidade e ainda tem boas atuações.
19- New Girl (Fox/ Canal Fox) (Temporada 1)
Zooey Deschannel sabe ser linda e fofa, mas o seriado é mais do que isso, de forma divertida mostra como precisamos superar os momentos complicados da vida se apoiando em amigos, eles são insubstituíveis.

O Canal Sony atrasou a exibição no Brasil, mas nem por isso o seriado perdeu a graça. Como não amar Tracy Morgan fazendo piada de seu escândalo contra os gays na vida real, ou a Jenna sendo jurada em programas de calouro? Imperdível.
17- Game of Thrones (HBO/HBO Brasil) (Temporada 2)
Temporada com ação, efeitos especiais de primeira e a trama seguindo caminhos ainda mais obscuros. Os episódios finais e alguns núcleos salvaram o segundo ano da complexa série.

Um pouco repetitiva, mas que ainda guarda bons momentos, a surpresa no final garantiu à Modern Family um dos melhores finais de temporada do ano.
15- The Big C (Show Time/ HBO Brasil) (Temporada 2)
Menos engraçada que a primeira temporada, The Big C se perdeu um pouco dentro de sua própria história, mas ainda assim garantiu momentos preciosos como o final de temporada.

Começou excessiva, muita nudez e sexo, mas foi tomando um caminho mais profundo e pessoal. Impossível não associar o seriado que se passa em Wall Street com Mad Men e as pressões de uma época em mudança.
13- Downton Abbey (BBC/ GNT) (Temporada 1)
Refinada, elegante. Começou com o maior símbolo de diferenças entre classes sociais: o Titanic que afundou. Isso já mostrava o que viria a seguir: a hierarquia rica em cima tentando manter a pose, e a criadagem lutando por status embaixo aos olhos dos chefes. Boa surpresa.
12- The Hour (BBC/ Netflix) (Temporada 1)
Demorou a degringolar, mas logo ficou incrível. Uma homenagem ao jornalismo dos anos 60 num período de tensão entre países e espionagem. O clima conspiratório que pairou junto com a temática da infidelidade deixaram a série no capricho.
11- The Good Wife (CBS/ Universal Channel) (Temporada 3)

10- Friday Night Lights (NBC/ AXN) (Temporada 4 - Final)
Não foi a melhor temporada de uma das melhores séries dos últimos anos, porém é impossível não notar como a série 'adolescente' não subestima a inteligência do espectador, terminou afinada e coerente com tudo que ela mostrou ser. Emocionante e digna.

O sofá do terapeuta Theo é mais agitado que qualquer outra série. Ali os dramas foram contados com maestria dirigido pelo talentoso Selton Mello e as atuações foram de tirar o fôlego. Uma série sobre a complexidade da vida.
8- The Killing (AMC/ A&E) (Temporada 2)
O mistério se arrastou mais do que devia? Sim. Mas nem por isso a série noir deixou de lado o roteiro bem entrelaçado com várias reviravoltas e pistas envolventes. Até no sanatório a obcecada investigadora Sarah Linden foi parar. De arrepiar.
7- Dexter (Show Time/ FX)(Temporada 6)
O final foi chocante, mas ainda assim esperado. Demorou pra acontecer que nem chama tanta atenção quanto deveria. Porém, a temática da temporada foi tratada de forma bem desenvolvida e guardando bons sustos. Agora a série segue para sua reta final.
6- Nurse Jackie (Show Time/ Studio Universal) (Temporada 4)
A melhor recuperação de um seriado no ano! Agora sim! Jackie na rehab, arco da história que se fecha trazendo surpresas. Demissões, novos personagens e dramas. A enfermeira teve bons momentos junto do resto do elenco. Muito boa.

Boardwalk Empire estava caminhando sem tanta graça até que um vilão bem mais malvado mexeu com as estruturas da máfia de Nucky. Foi a temporada que mais se viu Martin Scorsese ali. Guerra entre mafiosos e personagens sinistramente complexos.

O final de Skins foi emocionante pois serviu como uma despedida da série em alusão à despedida da adolescência. Tratado como uma entrada para a vida adulta, o seriado mostrou morte e o caminho para superação, a síndrome de Peter Pan, a solidão, a identidade e o papel dos pais. No fim, um nascimento. Lindo.
Girls foi a melhor estreia do ano. Uma mistura de Skins com Sexy and City, o seriado mostrou de forma crua como jovens novaiorquinas vivem seus dilemas na selvagem Manhattan. Apartir do momento que o cordão umbilical financeiro é cortado, até o comodismo e a sensação de estar perdido na vida.

Uma temporada que serviu pra mostrar como a mente geniosa de Walter é também obscura. O caminho para o crime nunca esteve mais claro, e agora ele caminha seguro para ficar com o poder. Uma temporada inteligente e imprevisível.
2- Homeland (Show Time/ FX) (Temporada 1 e parte da 2)
Outra que só foi mostrar ao que veio no final da primeira temporada. Carrie é uma Alice perdida dentro de seu próprio país e ninguém acredita em suas ilusões. Até que ela estava certa. Infelizmente a segunda temporada já mostrou um desgaste da promissora história.

O que começou com um inocente, porém, chocante Zou Bisou Bisou, terminou mostrando personagens perdidos, dando de cara com paredes, cometendo suicídio, vendendo seu corpo, chorando como crianças, descobrindo a sujeira da cidade grande, demitindo-se e por aí vai. Nesta temporada de Mad Men, ninguém está livre das mudanças sociais e comportamentais de uma época reveladora. E para isso, todos tentam de seu modo assimilar e aceitar essa revolução sexual que beneficia as mulheres e destrói as regras do American way Life, tão vendido nas propagandas. Não me canso de dizer, Mad Men é vida.
Eu gostava de PamAn, era bacana e visulamente lindo. Uma pena não ter cosneguido uma segunda temporada, embora eu não consigo imaginar uma trama para ela. Da sua lista, além de PA, da sua lista só assisti/assisto Sessão de Terapia (que, me desculpe, assisti boa parte da 1ª temporada e enjoeei. não é chato, mas achei parado demais, além de me dar nos nervos) e Go On, que curti bastante.
ResponderExcluir