Séries estreiam em meio às vazias opções no meio do ano
Passados os finais de temporadas daqueles seriados populares, e que fizeram - ou não - bonito na audiência americana, a TV a cabo brasileira sofre com o recesso de episódios inéditos das séries consagradas. Alguns guardam temporadas para esse momento escasso. Das boas que o Project Monkeys acompanha, o destaque fica com a quarta temporada de Friday Night Lights e a terceira de Chuck.
Friday Night Lights é um drama com enorme prestígio da crítica, porém, a audiência do seriado nunca foi espetacular e por pouco não foi cancelado pela rede NBC. A série agora é exibida nos Estados Unidos pela DirecTV e reprisada pela NBC. Mesmo assim consegue uma uma audiência regular de 4 milhões de telespectadores na TV aberta, número bom se levarmos em consideração que esse dia é fraco em todos canais. Centrado em uma cidade fictícia, Dillon, Texas, o seriado teve como base nas três primeiras temporadas o time de futebol americano Panthers Dillon, com ênfase ao treinador da equipe, Eric Taylor (Kyle Chandler) e sua família. O drama familiar e por vezes adolescente, tratou de temas como: a relação do jovem com a terceira idade, Guerra do Iraque, bullying, racismo, bipolaridade, drogas no esporte, adolescência e deficientes físicos. Nessa quarta temporada, desfalcado de alguns personagens que deixaram a série, Taylor retoma a vida no East Dillon High School, agora sob o comando do falido Lions. O colégio é mal visto e recebe a parcela mais pobre da população.
A série é incrível. A narrativa séria, envolvida por um roteiro inteligente, foge de clichês dos dramas familiares e das séries teens. É uma hora de vida inteligente na teledramaturgia americana da TV aberta. As atuações beiram ao realismo e são bem conduzidas com os enquadramentos mais belos da TV no momento. A câmera tremida - mesmo que menos do que as outras temporadas - realça essa realidade e deixa Friday Night Lights bem próxima de um documentário. A temporada promete explorar personagens novos desse colégio alvo de preconceito e do time. Ontem foi exibido o terceiro episódio no AXN. Infelizmente o seriado é tratado de um jeito nada plausível pelos canais. Antes fora exibido pelo Sony, sem nenhum grande destaque na programação, agora foi para o outro canal da mesma empresa, sem divulgação eficiente. Uma pena. Tanto o Kyle Chandler e Connie Britton, que faz a mulher do técnico e diretora do Dillon High, foram indicados ao Emmy Awards deste ano nas categorias de melhor ator e atriz de drama, respectivamente.
Chuck inciou a terceira temporada na última segunda feira, no Warner Channel. O espião nerd e atrapalhado que possui importantes informações de uma agência de segurança da CIA em seu cérebro - depois de uma espécie de lavagem cerebral -, agora tem de a chance de entrar de vez para equipe. E Chuck treina para isso, porém, a parte sentimental é que dificulta esse desejo do protagonista. Ele até recusa a proposta de Sarah, o amor de sua vida, de fugirem juntos para se dedicar ao treinamento, mas por ironia do destino voltam a trabalhar juntos e ambos tem problemas com isso. A série Chuck continua do mesmo jeito, raza, engraçada, com cenas de ação e sensualidade. É interessante e divertida, acima da média dos programas do gênero comédia/ação, entretanto, periga cair na mesmice. Os coadjuvantes roubam a cena e poderiam ser melhor aproveitados. Essa temporada conta com a participação dos atores Brandon Routh, de Superman – O Retorno, e Kristen Kreuk, de Smallville.
Chuck é exibida no Brasil com episódios inéditos na Warner Channel nas segundas-feiras às 22 horas, enquanto Friday Night Lights, passa no AXN, também às 22 horas. Ambos seriados foram renovadas para um nova temporada.
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