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julho 01, 2010

Pobre KDABRA...

Série colombiana termina do mesmo jeito que começou... do nada


Há algumas semanas postei minhas primeiras impressões sobre a aposta da FOX na América Latina, Kdabra, com a premissa de inovar em mostrar o mundo dos mágicos e ilusionistas. Porém, não foi isso que a série se focou, infelizmente. A audiência no Brasil foi boa, dados apontam que o seriado ficou em primeiro lugar entre os canais de TV por assinatura. Pena que isso não é sinal de qualidade. Além de perder o foco, virou uma trama tão bizarra, e querendo dar uma de Lost, conseguiu terminar uma temporada com um lado espiritual, em metáfora à história de Jesus (!) e da mãe Maria (!!).


Começou com o protagonista Luca, Christopher Uckermann conhecido pela novela Rebelde, jovem de 17 anos que vive em uma estranha e controladora comunidade religiosa chamada La Orden. Ele então foge de casa e se aventura entre uma sociedade de mágicos - e que usam das técnicas para roubar pessoas - e acaba no Hotel Majestic, lugar em que conhece o veterano mágico René (Damián Alcázar, de As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian) e logo é "adotado" por ele. Nessa aventura Luca se envolve com uma das assistentes do hotel e faz amizade com os magos góticos de rua. Entre outros núcleos, tem de um astronauta Trejo (Martín Karpan) que busca a verdade sobre essa comunidade La Ordem. A busca intensa por Luca, é o que dá ritmo ao seriado. A trama toda por trás da busca dele é que vai jogando ao ao público, pistas da tal conspiração, o que ela significa e porque ele é a chave para aquilo tudo.

O protagonista mesmo, irrita. A falta de coerência de suas atitudes - rebeldes - em meio ao que está acontecendo com sua mãe e La Ordem, é inverossímil. Enquanto existe perseguição, morte e tiros, o jovem está transando com todo mundo e até usando drogas. No meio da maluquice, a Igreja Católica aparece como principal mentora da conspiração, um desses é um velho que precisa do sangue do garoto para rejuvenescer. E nos momentos finais, quando nada mais faz sentido, fica a pergunta sobre mistério: Vão revelar tudo? Eis que um personagem joga:

"Luca é um clone."

Pronto. O que já estava confuso e patético virou literalmente uma trama mexicana e bizarra. Me pergunto pra que uma emissora tão grande com uma vontade de fazer algo diferente, grandioso, e aposta suas fichas em um elenco bom - isso sem falar na parte técnica, bem acima da média - se mete num embrulhão de breguices sem sentido e termina com a "solução" lógica religiosa. Ok. Essa foi a primeira temporada. Mas, como achar que algo tão mal desenvolvido e sem noção algum vai continuar prendendo atenção de alguém? A chance foi dada, e infelizmente Kdabra não passou de uma experiência ruim... Se fosse uma série americana, seria difícil passar do primeiro episódio. E fica a sensação chata de pura frustração. Depois reclamam que certas pessoas gostam mais dos produtos americanos americanos e ingleses...  será por quê, hein?

2 comentários:

  1. Só queria te informar que Kdabra não é uma produção da FOX e sim de uma rede de TV colombiana , a FOX só comprou os direitos para exibi-la no Brasil.

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  2. Cara giovanna a série KDABRA é produzida pela Fox Telecolombia e distribuída às outras redes ligadas ao grupo FOX na América Latina.

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