Produções de ficção científica voltaram à moda. Desde que Will Smith declarou o dia da independência norte americana e gerou bons lucros à 20th Century Fox, no sucesso de bilheteria Independence Day, do final dos anos 90, foram feitos um número significativo de filmes no estilo, não muitos, pois o orçamento deste tipo de gênero sempre é muito alto. Vieram comédias como MIB Homens de Preto, até animações em computação gráfica, tal como, o sucesso mediano de Monstros vs Aliens, passando pelo interessante Planeta 51 até o recente fracasso Marte Precisa de Mães. Refilmagens de clássicos, como O Dia em que a Terra Parou e Guerra dos Mundos. As coisas mudaram com a tecnologia, e mesmo filmes b como Skyline - A Invasão, ganham destaque em grandes circuitos, pois custam pouco e conseguem se promover com a outra parcela de dinheiro, que antes seria gasta para complementar os efeitos visuais. Infelizmente, o que seria bom para mentes criativas trabalharem mais e criarem roteiro mais espertos e intrigantes, a maioria dos produtores visa apenas o exagero dos efeitos especiais e o lucro em uma trama que não fuja do clichê. Os únicos que realmente trouxeram algo de novo, e logo ganharam reconhecimento, foram os indicados ao Oscar Avatar e Distrito 9.

Se o público que estivesse disposto e curioso a ver um novo ponto de vista de uma invasão extraterrestre, soubesse que tal filme falaria sobre a relação entre os soldados, sentimento de culpa do líder que perdeu seus companheiros, o motivo da invasão que mais uma vez é a água, os civis que surgem no meio do caminho e criam tramas paralelas e dramáticas para novas tensões e dilemas para os protagonistas e ainda o heroísmo à todo custo destes, certamente pensaria duas vezes ao assisti-lo. Pode soar inédito e interessante em alguns momentos, mas nem de longe desafia o intelecto do espectador que depois de ver Distrito 9, precisa de algo além de explosões, criaturas nojentas e a resposta para tudo ser a água e vindas das pausas forçadas e narradas pela TV ligada em todo canto. Nem vale dizer que o filme sirva para diversão, já que a produção bilionária de James Cameron ou a produzida por Peter Jackson agrade também a parcela do público que não está disposto à pensar ou refletir um pouco mais. Uma pena. O gênero merece muito mais, já que a tecnologia finalmente está disposta a nos presentear com cenas melhores e divertidas, mesmo que para eles não saia tão caro. Já com roteiro ruim, quem paga caro é o público.
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