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fevereiro 22, 2012

Crítica: o final sangrento de 'American Horror Story'

Série de terror agita a TV


Foi ao ar na semana passada, o último episódio da temporada de uma série que tem chamado atenção da crítica e da audiência, American Horror Story, aproveitando-se de uma safra pouco explorada na TV ultimamente: terror. E estamos diantes de um seriado com qualidade indiscutível, além de uma ousadia pouco vista nessa ferramenta midiática que é a TV. A produção que mescla drama e terror é produzida pela mente por trás de Glee, Ryan Murphy e Brad Falchuk.

O primeiro tem uma premissa que remete a antigos modelos do gênero na TV e no cinema. A casa mal assombrada dita as regras do roteiro e promove todos tipos de situação possíveis. American Horror Story começou de forma sanguinolenta e sexual, abusando de cenas com nudez, sexo, tortura e sustos. O ritmo diminui durante os doze episódios da temporada, porém, a violência abrange outros sentidos, ainda mais grotescos e explícitos. A trama se desenvolve ao redor de uma pequena e tradicional família americana, que apresentam os mesmo problemas da american way life: adultério, crise da meia idade, adolescência rebelde. A história foca o terapeuta Ben Harmon (Dylan McDermott) e sua esposa Vivian Harmon (Connie Britton) juntamente com sua filha adolescente Violet Harmon (Taissa Farmiga) e a mudança deles para antiga mansão em Los Angeles na busca de superar o adultério cometido por Ben. Ao chegarem lá, conhecem figuras misteriosas como Tate Langdon (Evan Peters) e Constance Langdon (Jessica Lange - vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz pelo papel).

Os episódios consistem em mostrar o que aconteceu anos anteriores na casa, já que sua história é marcada por tragédias e mortes. Aos poucos fica-se sabendo que os fantasmas da mansão ainda estão ali ainda e continuam com seus propósitos iniciais, além, de ficarem fortalecidos pela energia negativa que o ambiente absorveu depois de tanta dor e ódio. A edição é dinâmica e não falta cenas de ação. Infelizmente, falta um pouco mais de cuidado nos furos do roteiro e da caracterização dos personagens. História de fantasmas que se misturam entre vivos, sempre acabam ficando forçado - nem mesmo o filme O Sexto Sentido foge de situações mal formuladas. Por mais que fique entendido que eles são poderosos, é difícil acreditar que eles podem tocar nos moradores atuais e viver de forma natural entre eles. Outro equívoco ocorre quando, prestes a acabar a temporada, a explicação de muitos mistérios são explicados de forma didática por uma médium. A escolha preguiçosa deixa de lado a criatividade de outros que foram desvendados por meio de fotografias, ou dos flashbacks.

Para a segunda temporada, American Horror Story promete novo endereço e diferentes personagens para a trama. Resta saber se alguns icônicos como a interpretada pela ótima Jessica Lange será aproveitada, afinal, se ela sobreviver depois daquela reviravolta da cena final, nós precisamos vê-la ainda mais!

O seriado é exibido pela FOX Brasil, terça, às 23 horas.