Foi ao ar na semana passada, o último episódio da temporada de uma série que tem chamado atenção da crítica e da audiência, American Horror Story, aproveitando-se de uma safra pouco explorada na TV ultimamente: terror. E estamos diantes de um seriado com qualidade indiscutível, além de uma ousadia pouco vista nessa ferramenta midiática que é a TV. A produção que mescla drama e terror é produzida pela mente por trás de Glee, Ryan Murphy e Brad Falchuk.

Os episódios consistem em mostrar o que aconteceu anos anteriores na casa, já que sua história é marcada por tragédias e mortes. Aos poucos fica-se sabendo que os fantasmas da mansão ainda estão ali ainda e continuam com seus propósitos iniciais, além, de ficarem fortalecidos pela energia negativa que o ambiente absorveu depois de tanta dor e ódio. A edição é dinâmica e não falta cenas de ação. Infelizmente, falta um pouco mais de cuidado nos furos do roteiro e da caracterização dos personagens. História de fantasmas que se misturam entre vivos, sempre acabam ficando forçado - nem mesmo o filme O Sexto Sentido foge de situações mal formuladas. Por mais que fique entendido que eles são poderosos, é difícil acreditar que eles podem tocar nos moradores atuais e viver de forma natural entre eles. Outro equívoco ocorre quando, prestes a acabar a temporada, a explicação de muitos mistérios são explicados de forma didática por uma médium. A escolha preguiçosa deixa de lado a criatividade de outros que foram desvendados por meio de fotografias, ou dos flashbacks.
Para a segunda temporada, American Horror Story promete novo endereço e diferentes personagens para a trama. Resta saber se alguns icônicos como a interpretada pela ótima Jessica Lange será aproveitada, afinal, se ela sobreviver depois daquela reviravolta da cena final, nós precisamos vê-la ainda mais!
O seriado é exibido pela FOX Brasil, terça, às 23 horas.