Estereótipos sobre lugares são fato comum no mundo todo. O nosso Brasil só agora vem conseguindo sair do rótulo de "praia, futebol e carnaval" - apesar do cinema hollywoodiano ainda bater nessa tecla. Com o Havaí não é diferente. E logo nos primeiros minutos de Os Descendentes (The Descendants, EUA, 2011) o protagonista, vivido por George Clonney, deixa claro: os havaianos, ao contrário do que acham os que vivem no continente, não são imunes a vida. E nas próximas duas horas o roteiro vai mostrar de forma leve uma história cheia de reviravoltas, umas espinhosas e outras comuns.
O título do longa, faz referência à família de Matt King (Clonney), que era poderosa décadas atrás e deixou para os descendentes terras avaliadas em milhões de dólares. Agora eles precisam tomar uma decisão crucial: vender esses terrenos para grandes empreendedores ou vão perder a propriedade. A decisão é complicada, já que as construção de resorts e hotéis - principais investimentos na ilha - mudariam a paisagem e a vida na região, refletindo a invasão capitalista. A decisão final é de Matt. Em âmbito ainda mais fechado, Matt passa por uma tragédia familiar: sua esposa sofreu um grave acidente e está em coma.


Uma história de vida comum, que se encaixaria em qualquer lugar do mundo, só que no filme todos vivem seus problemas de bermudas, biquínis e camisas com estampas floridas. Pois é, algumas coisas realmente são como dizem que são.