A maior preocupação antes de entrar na sala de projeção, era: será que é isso tudo mesmo? Estão considerando que é a melhor adaptação dos quadrinhos feita em anos, algo que depende de uma responsabilidade enorme por parte de críticos em meio de filmes ruins, como Elektra, para se citar um sem criar polêmica. Heath Ledger está mesmo chamando mais atenção que o Batman? O Coringa está fantástico? Merece uma indicação póstuma ao Oscar? Foi certo tirar a Katie Holmes do papel de mocinha? 150 minutos não é muito? E por aí vai...
Nerds e mais nerds esperando o filme começar e a curiosidade apenas aumentava. Então começa tudo. Assalto a banco, explosões, planos fantásticos e caos. Essa cena é que dá o ritmo inicial e que durante toda a trama não se perde em nenhum momento.
Coringa então aparece e se apresenta com um truque: "como fazer o lápis sumir". Tirem as crianças da sala, pois é nessa cena que percebemos realmente que não se trata de um filme para elas. Não tem mais o compromisso de ter que agradar as crianças. Os filmes do Tim Burton já o fizeram. Bom, voltando ao Coringa, interpretado pelo talento de um jovem que era muito promissor, Heath Ledger, é uma atração à parte. Tem seus momentos de tirar risos da platéia e seus momentos de amedrontar a todos. Foi uma releitura inovadora, complexa, interessante (...) e sim, ele, ao meu ver, merece um Oscar por essa atuação. Isso depende dos indicados e da academia, claro. O Coringa retratado quer apenas ver o circo pegar fogo e faz de forma espetacular.
Aaron Eckhart chega nesse filme como um "Cavaleiro Branco", o promotor de Justiça de Gotham City Harvey Dent, que tem como princípio ser um herói sem máscaras e diferente do Batman, mas ao longo do filme entra na trama de forma a criar uma reviravolta e disso nasce um novo vilão. Um novo ritmo é dado a trama depois de incessantes truques do maléfico Coringa, esse a partir daí some um pouco e eu pelo menos senti uma tremenda falta. Toda história é muito bem contada e o roteiro não parece ter furos ou deixar espaço para cenas desnecessárias, como podemos notar principalmente nas continuações de Homem-Aranha.
Harvey Dent tem um compromisso com a mocinha da história - e a amada do Bruce Wayne - Rachel Dawes, interpretado dessa vez pela Maggie Gyllenhaal, da qual me lembro de um papel muito descolado em O Sorriso de Mona Lisa. Katie Holmes? Apesar de muito mais bonita e popular, não faz falta nenhuma. Mas também é uma melhora que traz surpresas grandiosas - e tristes.
No começo do filme ainda dá pra matar saudades do primeiro vilão dessa nova fase do Batman, o Espantalho, cena muito curiosa e única ferramenta usada pra ligar os dois filmes.
Outras atuações que apesar de pequenas garantem um espaço memorável no filme: o tenente Jim Gordon (Gary Oldman), nome importante na trama; Alfred (Michael Caine) com um humor na dose certa e Morgan Freeman como Lucius Fox, que é um ator que dispensa comentários. Esqueci alguém? Ah... O cara né...
Christian Bale volta sem muitas mudanças no papel do homem morcego, como o jovem mimado Bruce Wayne e seu lado justiceiro Batman, mas dessa vez acrescentando uma dúvida interessante, ser herói na escuridão é válido? Gotham City perdida para vilões e crimes terríveis merece tal tipo herói sem rosto? E as dúvidas claro, vão ganhando respostas após cada lição de casa feita. E de forma alguma, o Batman é ofuscado pelo Coringa, todos parecem ter seu espaço e núcleo próprio, pois o maior erro de muitos filmes de super-heróis é dar um espaço maior a um grande vilão e deixar de lado o herói que ainda tem muito o que dizer.
Batman - O Cavaleiro das Trevas é isso e muito mais. Um realismo nas cenas de ação que dispensa exageros dos gêneros e costumam preencher o fraco roteiro que geralmente são apresentados. Produção impecável, desde o clima sombrio da fotografia, até a trilha que gera o clima tenso do filme. Desde X-Men 2 não se vê uma franquia tão bem conduzida e que satisfaça o público. Nota: 10.
Batman - O Cavaleiro das Trevas é isso e muito mais. Um realismo nas cenas de ação que dispensa exageros dos gêneros e costumam preencher o fraco roteiro que geralmente são apresentados. Produção impecável, desde o clima sombrio da fotografia, até a trilha que gera o clima tenso do filme. Desde X-Men 2 não se vê uma franquia tão bem conduzida e que satisfaça o público. Nota: 10.
*inveja*
ResponderExcluirvc viu batman *___________________*
nota 10? OMFG
mto bom o post...
loko p ver
ps: divulga esse negocio, to com agonia aki :x