O ano de 2010 foi considerado fraco para a indústria fonográfica. Sem nenhum fenômeno de vendas, Lady GaGa continua liderando a lista de álbuns vendidos, junto da queridinha Taylor Swift, Eminem e Take That (Reino Unido). A lista que preparei dos melhores, limita-se ao meu gosto (óbvio), o que pode frustrar os que esperam Katy Perry, Ke$ha ou Florence and The Machine. Detesto gente que não é sincera e coloca nomes alternativos para parecer hype. A prova de que não estou sendo mesquinho é o meu Last.fm que não mente. Gosto de tudo um pouco e procuro não ter preconceitos. Pra mim, os 10 melhores álbuns do ano foram:
10- Christina Aguilera - Bionic
O chamado flop do ano. E daí? Quem disse boas vendas é sinônimo de qualidade? Deixando de lado o motivo pela qual o álbum não deslanchou, Bionic é um trabalho muito bem produzido da talentosa Christina Aguilera. É uma mistura de diversos estilos, dance, baladas e o bom pop que na voz da cantora sempre se sobressai. Poucos o julgam realmente com razão. >> Destaques: Prima Donna e Lift Me Up.
9- Maroon 5 - Hands All Over
Por mais que pareça uma posição alta, eu sou muito fã do Adam Levine e sua trupe. Nono lugar não é motivo de orgulho, já que o álbum é fraco, quase sem identidade e com músicas banais. Faltou atitude, porém o capricho dos músicos se destaca em algumas faixas. Na combalida indústria do bom pop que agora tudo é música de boate, o Maroon 5 não renegou suas origens ainda. >> Destaques: Give a Little More e No Curtain Call.
8- Sandy Leah - Manuscrito
Sandy finalmente se livrou da sombra brega sertaneja e pop e conseguiu mesclar MPB com um pop sério. Fez um álbum surpreendentemente bom e bem produzido, com letras poéticas e sem forçar a barra para ser comercial. Em tempos de axé, Restart e Wanessa, o trabalho é um sopro de qualidade. >> Destaques: Mais Um Rosto e Tempo.
7- Serj Tankian - Imperfect Harmonies
O segundo trabalho solo do músico conhecido pelo grupo System of a Down, não é tão bom quanto o primeiro, Elect the Dead, mas vale a pena conferir as letras politizadas e a mistura sempre bem vinda de metal com o clássico. E todos sabem que a voz de Serj é rara e importante no mercado. >> Destaques: Left of Center e Reconstructive Demonstrations.
6- Plan B - The Defamation of Strickland Banks
Um nome que se destacou no Reino Unido este ano com direito a apresentação no Europe Music Awards (cada vez mais dominado por artistas norte-americanos). Uma mistura de rap com R&B que fez toda diferença, mesmo que a voz passe de Justin Timberlake para Daniel Merriweather em alguns momentos, sem impressionar muito, é um refúgio para quem gosta de estilos misturados. >> Destaques: She Said e The Recluse.
5- Arcade Fire - The Suburbs
Demorei para conhecer esse trabalho da banda. Não fiquei impressionado com o primeiro single e deixei um pouco de lado, por mais que a banda fosse santificada por todos os veículos. Mas eis que assisti ao clipe de The Suburbs e mais uma vez fui fisgado. A música e a qualidade do vídeo mostram porque o Arcade Fire é uma das bandas mais importantes do ano. É melancólico e genial. >> Destaques: The Suburbs e Empty Room
4- Mumford and Sons - Sigh No More
Fui conhecer esse glorioso grupo de indie-folk agora no final do ano com o lançamento deles nos Estados Unidos, e por isso o clipe passava na VH1. É um álbum excelente. Com uma sonoridade profunda, vozes cantando em conjunto e acordes de violão de arrepiar. >> Destaques: Little Lion Man e Thistle & Weeds
3- Mark Ronson & The Business - Record Collection
2- My Chemical Romance - Danger Days: The True Lives Of The Fabulous Killjoys
A banda de Gerard Way sofreu uma baixa importante na formação, o que fez atrasar o álbum. Porém, o que se ouve é mais um trabalho beirando conceitual e de altíssimo nível. Mesmo que fugindo do estilo emo que consagrou a banda, O My Chemical Romance retorna inspirado, divertido, complexo e sem submeter à grandes transformações como ocorreram com bandas que surgiram na mesma época e que sumiram: Fall Out Boy, Simple Plan e Evanescence. >> Destaques: Na Na Na e SING.
1- Gabriella Cilmi - Ten
Quem? Fardada a ser lembrada por um único hit, Sweet About Me, a australiana de 19 anos bem que emplacou uma música nas parada este anos: On A Mission. Ela é pop, é linda e abusa dos anos 80 na sonoridade do trabalho. Com uma voz que lembra Amy Winehouse, Gabriella faz diferença e merece o reconhecimento, já que seu estilo é propício a isso. Mas, por enquanto, fica restrito à poucos o talento da jovem. >> Destaques: Defender, On A Mission e Invisible Girl.
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