Estou cada vez mais com medo de como poderá ser o final de Dexter. A série exibida pelo canal americano Show Time e no Brasil pelo FX, finalizou sua quinta temporada explorando as emoções do assassino em série, Dexter Morgan (Michael C. Hall), depois da morte da esposa, morta por um de seus últimos alvos, da qual, por equívoco seu, adiou sua morte até a situação acabar virando uma perigosa caça de gato e rato. Nesta temporada as coisas não foram tão diferentes. Mais uma vez um caso foi o centro das atenções, só que desta vez, o diferencial foi que uma sobrevivente se tornou testemunha, Lumen (Julia Stiles) de uma das mortes cometidas por Dexter e assim viraram parceiros, se envolveram sentimentalmente e no final, sobrou para Dexter salvá-la de um monstro.
Mas cada vez mais, percebe-se que o protagonista está chegando ao fim da linha, com o cerco se fechando e a polícia descobrindo sua obscuridade. Na verdade, se não descobriram ainda, é porque uma equipe de roteiristas espertinhos tentam ao máximo criar situações e mais situações que o livram de ser pego e assim sustentar a história por mais tempo. Muitas das circunstâncias que o livraram do caminho da polícia são no mínimo forçadas, sempre de uma forma cercada de acaso, coincidências, que beneficiam Dexter, sem dar trégua para coadjuvantes que estão em seu percalço. Um desses que sofreu, foi o agente Quinn (Desmond Harrington) que colocou um investigador atrás de Dexter, descobriu coisas que o culpariam de primeira - chegando a ter fotos dos dois desovando um corpo em alto mar -, mas no fim não mostrou pra ninguém, mesmo com a polícia dizendo que os justiceiros poderiam se tratar de um casal. Óbvio que ele ficou com medo de perder o amor de Debra (Jennifer Carpenter), principal investigadora e irmã de Dexter, mas é incoerente que ele não poderia aproveitar uma oportunidade única de desmentir todos que o faziam de bobo e assim sair bem. Então a polícia de Miami em peso apóia o trabalho de assassinos vingadores e a prioridade é o amor?
Faz sentido Dexter terminar a temporada com o protagonista cara a cara com a irmã, perto de ser descoberto, mas pelo lado sentimental dela foi salvo. Ela os deixou impune, pois achou correta a atitude deles. O histórico de Debra leva à isso, e foi intensificado nesta temporada com um caso que remeteu ao seu passado como vítima, mas ainda assim é inverossímil que ela partiria sozinha atrás de um assassino procurado e tudo terminar tão bem. Mas, no geral, essa é a primeira vez que a barra foi forçada para proteger Dexter. Ele agora é pai de família, angustiado e segue sua trilha como assassino , sem dúvidas seria logo foco de investigações, pois cometeu vários vacilos ao decorrer da trama.
A questão levada nesta temporada, da qual, ele queria melhor compreensão de quem é, assistindo os sentimentos de uma pessoas que "ganhou" a mesma obscuridade sua, foi eficaz para finalizar com um sinal de esperança em ele se tornar uma pessoa comum.
Resta aguardar e saber o que mais está sendo preparado para os fãs de uma série tão instigante, e que mesmo caminhando para certos exageros no roteiro, ainda intriga com um personagem tão humano que chega criar certa identificação com o público, pois no fim todos temos nosso lado obscuro. Não interessa se ele é considerado herói por alguns ou um mal para outros, Dexter é um seriado desafiador e até que não é tão ruim adiarem tanto a descoberta de seu macabro segredo.
Trailer da sexta temporada:
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