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junho 01, 2011

Grey's Anatomy termina temporada focada em caos... emocional

Sete temporadas depois e série continua emocionando


A rede ABC tinha três séries de drama  de grande sucesso em sua grade: Desperate Housewives, Brothers & Sisters e Grey's Anatomy. A do meio e mais nova, foi recentemente cancelada, já sem fôlego e ritmo. A dramédia das donas de casas desesperadas sobreviveu por mais uma temporada, depois de ter conseguido restabelecer o padrão de qualidade da primeira temporada. O drama dos médicos é o mais estável, e por isso o mais importante. Com tramas complexas e personagens marcantes, Grey's Anatomy chega à sua sétima temporada tão emocionante como uma série em seu início.

No final da temporada passada, o Seattle Grace Hospital, teve um daqueles episódios que toda série de profissão deve ou deveria ter: um atirador invadindo o local de trabalho. Foram duas horas de muita tensão e emoção, que desencadearam os eventos para essa temporada. Mas felizmente - já que isso pode enjoar rápido - as sequelas duraram apenas os primeiros episódios e logo foram substituídos por novas tramas, afinal, a vida continua. Porém, mesmo assim, todos episódios do desdobramentos dos fatos foram bem aproveitados, contados de forma diferentes e, principalmente, equilibrando o drama em personagens variados. Deryck deixou de ser chefe, e Richard voltou ao posto - depois de ato de bravura ao resolver a situação com o atirador; Alex Karev superando traumas e se sobressaindo na disputa de residente chefe (ainda conhecemos seu drama familiar), mas no final deixou seus instintos florescerem; Lexie ficou perturbada no começo, sofreu com a galinhagem de Mark Sloan, mas ainda assim é uma das melhores da trama, apenas pela simpatia; Callie e Arizona que começaram como o casal mais chato da história, conseguiram sair donas de um dos melhores episódios da TV, o musical - graças ao talento de Sara Ramirez; Teddy que existe na trama apenas ara confrontar Christina Young, mas acabou ficando com o núcleo que traz a nova versão de Danny Duquette; April conseguiu espaço e vai ganhar ainda mais como residente chefe; Avery pouco acrescentou, mas ainda assim teve uma atitude legal no final; Drª Young que casou com Owen, entrou em crise e terminou ainda em crise (ela já não abortou um filho antes?); e por fim Meredith Grey que não conseguiu engravidar, casou oficialmente e, no final, teve atitude oriunda do jeito que eu mais gosto na personagem, sendo humana. Um ato tão controverso quanto assistir a morte de um condenado a morte, claro que em outras proporções.

Esta temporada ainda tiveram episódios especiais, que sem dúvidas entram para o hall dos melhores da série. Seja o documentário que fizeram no hospital para mostrar o desenrolar como eles lidaram com o acontecimento, ou o episódio centrado no plantão coordenado pela Meredith. Grande trunfo de roteiristas e que fazer o seriado ganhar fôlego ainda dentro da temporada. Isso serve também para tirar o foco de tramas pesadas e enjoativas. Infelizmente foi uma temporada que pouco mostrou a ótima Drª Bailey, mas trouxe excelentes questionamentos éticos. É aguardar pra saber se o seriado vai continuar surpreendendo e criando certos anti-climax como foi esse último episódio, focado no caos emocional do personagens, no lugar de eventos catástrofes. Por ironia do roteiro, era pra ter tido um grande evento, mas que foi literalmente por água à baixo, com apenas um paciente entre a vida e a morte. Mesmo assim emocionante.   

Grey's Anatomy é exibida no Brasil pelo canal Sony.

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